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— Pensei que o presente fosse meu — murmura ele, amuado, mas acho que está só me provocando.

— Bem, era para ser divertido, mas aparentemente é um símbolo da opressão feminina.

Continuo tirando fotos dele, e vejo uma expressão divertida surgir no seu rosto em super close-up. Então seus olhos escurecem e sua expressão torna-se predatória.

— Você quer ser oprimida? — murmura ele, de modo sensual.

— Oprimida não. Não — respondo, batendo mais fotos.

— Eu poderia oprimir você de verdade, Sra. Grey — ameaça ele, a voz áspera.

— Eu sei, Sr. Grey. Você faz isso frequentemente.

Sua expressão é de surpresa. Merda. Abaixo a câmera e o encaro.

— O que houve, Christian? — Minha voz transpira frustração. Por favor, me diga!

Ele não fala nada. Argh! É tão irritante. Aproximo a câmera do meu olho de novo.

— Diga — insisto.

— Nada — responde ele, e desaparece abruptamente do visor.

Em um movimento rápido e suave, ele joga a caixa da câmera no chão, me agarra e me empurra para a cama. Monta em mim.

— Ei! — exclamo, e tiro mais fotografias dele, que sorri com más intenções.

Ele pega a câmera pela lente e a fotógrafa se torna o alvo quando ele aponta a Nikon para mim e pressiona o botão.

— Então você quer que eu tire fotos de você, Sra. Grey? — pergunta ele, achando graça. Tudo que eu consigo ver do seu rosto é o cabelo rebelde e um sorriso na boca perfeitamente esculpida. — Bem, para começar, acho que você deveria estar sorrindo.

Ele então faz cócegas impiedosas na minha barriga, fazendo-me gargalhar e me contorcer debaixo dele até que eu agarro seu pulso em uma tentativa vã de fazê-lo parar. Seu sorriso se alarga e Christian renova os ataques de cócegas, tirando mais fotos.

— Não! Pare! — grito.

— Está brincando? — rosna ele, e coloca a câmera de lado para poder me torturar com ambas as mãos.

— Christian!

Eu gaguejo e engasgo no meu protesto em meio a gargalhadas. Ele nunca fez cócegas em mim antes. Mas que merda, pare com isso! Agito a cabeça de um lado para o outro, tentando sair de debaixo dele, rindo e empurrando suas mãos, mas ele persiste — rindo de mim e curtindo meu tormento.

— Christian, pare! — imploro, e ele para subitamente.

Christian agarra minhas mãos e as segura uma de cada lado da minha cabeça, curvando-se sobre mim. Estou sem fôlego de tanto rir. Sua respiração entra no ritmo da minha e ele me olha com… o quê? Meus pulmões param de funcionar. Fascinação? Amor? Reverência? Ai, meu Deus. Aquele olhar!

— Você. É. Tão. Linda — suspira.

Meus olhos estão erguidos para seu rosto tão, tão querido, e me sinto imersa na intensidade de seu olhar. É como se ele me visse pela primeira vez. Inclinando-se, ele fecha os olhos e me beija, extasiado. É uma chamada à minha libido… vê-lo assim, desprotegido, por minha causa. Nossa. Ele solta minhas mãos e enterra os dedos em meu cabelo, segurando minha cabeça delicadamente. Meu corpo se ergue e se enche de excitação, em resposta ao seu beijo. Mas de repente a natureza do beijo se altera, não mais doce, respeitoso e admirador, e sim carnal, profundo e devorador — sua língua invadindo minha boca, possuindo em vez de oferecer, seu beijo transmitindo um gosto de desespero e carência. À medida que o desejo percorre meu sangue, despertando cada músculo e cada nervo, sinto uma sensação súbita de temor.

Ah, meu amor, o que há de errado?

Ele respira fundo e geme.

— Ah, o que você faz comigo — murmura ele, perdido.

Num movimento súbito, ele se deita sobre mim, pressionando-me contra o colchão — uma das mãos cobrindo meu queixo e a outra deslizando pelo meu corpo, meus seios, minha cintura, meus quadris e minha bunda. Ele me dá outro beijo, colocando a perna entre as minhas, levantando meu joelho e me apertando, sua ereção se forçando contra nossas roupas e meu sexo. Arfando, solto um gemido contra seus lábios, perdendo-me na sua paixão ardente. Deixo de lado os distantes sinos de alarme que soam no fundo da minha mente, pois sei que ele me quer, que precisa de mim e que, quando se trata de se comunicar comigo, essa é a sua forma favorita de se expressar. Beijo-o com abandono renovado, acariciando seu cabelo, apertando-o com força, segurando-o junto a mim. Seu gosto é tão bom e seu cheiro é de Christian, meu Christian.

Ele para abruptamente, levanta-se e me puxa para fora da cama, de forma que fico parada à sua frente, confusa. Ele abre o botão do meu short e se ajoelha depressa, arrancando-o junto com minha calcinha, e antes que eu possa respirar de novo já estou de volta à cama, embaixo do seu corpo, e ele está abrindo a calça. Uau! Ele não vai tirar a roupa nem minha camiseta. Apenas segura minha cabeça e, sem preliminares, enfia-se em mim, fazendo-me gritar — mais de surpresa do que por qualquer outro motivo —, mas ainda posso ouvir o ruído da sua respiração pelos seus dentes cerrados.

— Hmmm — geme ele na minha orelha. Então fica imóvel e depois gira os quadris uma vez, metendo bem fundo, fazendo-me gemer também. — Eu preciso de você — grunhe ele, sua voz baixa e rouca.

Ele passa os dentes pela linha do meu maxilar, mordiscando e chupando, e então me beija de novo, com violência. Envolvo-o com minhas pernas e braços, embalando-o e segurando-o com força contra mim, determinada a eliminar o que quer que o esteja preocupando, e ele começa a movimentar-se… como se tentasse escalar para dentro de mim. Repetidamente, frenético, primitivo, desesperado, e antes que eu me perca no ritmo e no passo insanos que ele estabelece, rapidamente me pergunto, mais uma vez, o que será que o está pressionando, preocupando-o. Mas meu corpo toma o controle, afastando esse pensamento, até que eu fico inundada pela sensação, correspondendo ao ataque de Christian com contra-ataque. Escutando sua respiração áspera, difícil e ofegante no meu ouvido. Sabendo que ele está se perdendo em mim… Dou um gemido alto, ofegante. É tão erótico — a necessidade que ele tem de mim. Estou quase lá… quase lá… E ele me impele a ir mais alto, desarmando-me, levando-me, e eu quero isso. Quero tanto… Por ele e por mim.

— Goze comigo — diz ele, arfante, e se coloca todo sobre mim, de modo que sou obrigada a soltá-lo. — Abra os olhos — ordena ele. — Preciso ver você.

Sua voz é urgente, implacável. Meus olhos se abrem momentaneamente, e a visão dele por cima de mim — seu rosto tenso de ardor, os olhos crus e brilhantes. Sua paixão e seu amor são onde me perco, e nisso eu gozo, jogando a cabeça para trás enquanto meu corpo pulsa a seu redor.

— Ah, Ana — grita ele, e atinge o clímax junto comigo, movimentando-se dentro do meu corpo, depois se aquietando e caindo por cima de mim.

Ele gira o corpo, de forma que me vejo esticada em cima dele, que ainda está dentro de mim. Enquanto me recupero do meu orgasmo e meu corpo se estabiliza e se acalma, quero fazer um gracejo sobre ser oprimida e tratada como objeto, mas seguro a língua, incerta do seu estado de espírito. Com o rosto apoiado em seu peito, ergo o olhar para observar sua expressão. Seus olhos estão fechados e seus braços me envolvem, apertando meu corpo. Beijo seu peito por sob o tecido fino da camisa de linho.

— Christian, me diga, o que está havendo? — pergunto delicadamente, e espero ansiosa para ver se agora, satisfeito pelo sexo, ele me dirá.

Sinto seus braços me apertando mais, mas é sua única resposta. Ele não vai falar. Então tenho um surto de inspiração.