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— Christian — falo baixinho, como se o nome dele fosse um mantra, enquanto me adapto a essa nova sensação.

— Boa menina.

Ele desliza a mão livre pelo meu corpo até chegar aos quadris. Devagar, tira o polegar, e eu ouço o som que denuncia a abertura do seu zíper. Segurando um dos lados do meu quadril, ele me puxa e afasta minhas pernas ainda mais, seu pé empurrando o meu.

— Não solte a mesa, Ana — avisa.

— Não vou soltar — respondo, ofegante.

— Quer que eu seja bruto? Avise se eu estiver sendo bruto demais. Entendeu?

— Entendi — respondo em um sussurro.

Ele entra em mim e me puxa para si ao mesmo tempo, empurrando o plugue cada vez mais fundo…

— Merda! — eu berro.

Ele para, sua respiração agora mais áspera, e estamos arquejantes no mesmo ritmo. Tento assimilar todas as sensações: a delícia de estar toda preenchida, o sentimento indescritível de estar fazendo algo proibido, o prazer erótico que exala de uma parte minha bem lá no fundo. Ele mexe o plug suavemente.

Meu Deus… Gemo de novo, e ouço sua respiração entrecortada — um sinal de prazer puro e genuíno. Que incendeia meu sangue. Será que alguma vez já me senti tão devassa?… tão…

— Quer mais? — sussurra ele.

— Quero.

— Relaxe — ordena. E sai de mim para me penetrar com força de novo.

Ai… era isso que eu queria.

— Isso… — sussurro.

Ele pega ritmo, a respiração mais difícil, junto com a minha, enquanto mete com força.

— Ah, Ana — balbucia.

Christian tira uma das mãos dos meus quadris e gira o plugue mais uma vez, puxando-o lentamente, depois o retira e o empurra de volta. A sensação é indescritível, e acho que vou desmaiar na mesa. Ele não perde o ritmo, movimentando-se dentro de mim cada vez mais forte e mais rápido, todo o interior do meu corpo tremendo e se contraindo.

— Puta que pariu — gemo. Isso vai me rasgar toda.

— Isso aí — diz ele, sibilando.

— Por favor… — imploro, e não sei exatamente pelo quê: para parar, para não parar nunca, para girar o plugue de novo. Meu corpo parece se contrair em volta dele e do plugue.

— Isso — fala ele, ofegante, e me dá uma palmada forte na bunda, e eu gozo: mais e mais, caindo, caindo, rodando, palpitando… e Christian tira o plugue com cuidado.

— Merda! — grito, e ele agarra meus quadris, imobilizando-me, e goza alto.

* * *

A MULHER AINDA está cantando. Christian sempre coloca as músicas para repetirem aqui. Estranho. Estou enroscada nos braços dele, nossas pernas entrelaçadas, minha cabeça descansando em seu peito. Estamos no chão do quarto de jogos, ao lado da mesa.

— Bem-vinda de volta — diz ele, retirando a venda dos meus olhos.

Fico piscando até meus olhos se ajustarem à luz fraca. Ele pega meu queixo e me beija na boca com carinho, seus olhos procurando os meus ansiosamente. Acaricio seu rosto. Ele sorri.

— E então, cumpri a tarefa? — pergunta ele, bem-humorado.

— Tarefa? — Franzo a testa.

— Você queria alguma coisa bruta — diz ele suavemente.

Não posso evitar um sorriso.

— É, acho que sim…

Christian levanta as sobrancelhas e retribui o sorriso.

— Fico feliz em saber. Você está com uma cara de quem acabou de ser muito bem comida, e está linda. — Ele acaricia meu rosto, seus dedos compridos tocando minha face.

— É como eu me sinto — digo, quase ronronando.

Ele se curva para me beijar ternamente, os lábios macios, quentes e entregues.

— Você nunca me decepciona. — Ele chega para trás a fim de me olhar nos olhos. — Como se sente? — Sua voz soa terna, preocupada.

— Bem — respondo num murmúrio, sentindo o rubor colorir meu rosto. — Muito bem comida. — Sorrio timidamente.

— Ora, Sra. Grey, mas que linguagem mais chula. — Ele se finge de ofendido, mas percebo seu tom de brincadeira.

— Isso é porque eu sou casada com um homem muito, muito pervertido, Sr. Grey.

Ele dá uma risada ridiculamente idiota — e é contagiosa.

— Que bom que você se casou com ele.

Carinhosamente ele pega minha trança, leva-a aos lábios e beija a ponta com um ar de reverência, os olhos brilhantes de amor. Ah, meu Deus… alguma vez eu seria capaz de resistir a esse homem?

Pego a sua mão esquerda e beijo sua aliança, um anel de platina simples igual ao meu.

— Meu — murmuro.

— Seu — responde ele, abraçando-me e enterrando o nariz no meu cabelo. — Quer que eu prepare um banho para você?

— Hmm. Só se você entrar comigo.

— Tudo bem.

Ele me coloca de pé e se levanta. Ainda está de calça jeans.

— Você vai vestir a sua… outra calça jeans?

Ele franze a testa.

— Outra calça?

— Aquela que você costumava usar aqui.

— Aquela? — murmura ele, piscando em surpresa, confuso.

— Você fica muito sexy naquela calça.

— Fico?

— Fica… muito sexy.

Ele sorri timidamente.

— Bem, para você, Sra. Grey, talvez eu use.

Ele se abaixa para me beijar e depois apanha na mesa a tigela com o plugue anal, o lubrificante, a venda e a minha calcinha.

— Quem limpa esses brinquedinhos? — pergunto, seguindo-o até a cômoda.

Ele levanta as sobrancelhas, como se não entendesse minha pergunta.

— Eu. A Sra. Jones.

— O quê?

Ele faz que sim, com um ar que me parece satisfeito e constrangido ao mesmo tempo. Ele desliga a música.

— Bom… é…

— Eram as suas submissas que faziam isso? — termino a frase.

Ele dá de ombros, como que se desculpando.

— Tome.

Ele me passa sua camisa, que eu visto, puxando-a ao redor do meu corpo. Seu perfume ainda está entranhado no linho, e logo esqueço minha preocupação com a limpeza do plugue anal. Ele deixa tudo em cima da cômoda, pega minha mão e, destrancando a porta do quarto de jogos, me conduz para fora dali, descendo as escadas. Eu me deixo levar.

A ansiedade, o mau humor, a emoção, o medo e a excitação da perseguição — tudo sumiu. Sinto-me relaxada; finalmente saciada e tranquila. Quando entramos no banheiro, bocejo alto e me espreguiço… à vontade comigo mesma, para variar.

— O que foi? — pergunta Christian ao abrir a torneira.

Balanço a cabeça em negativa.

— Conte para mim — pede ele, suavemente.

Vejo-o despejar óleo de banho de jasmim na água, inebriando o ambiente com o aroma doce e sensual.

Fico corada.

— Estou me sentindo melhor, só isso.

Ele sorri.

— É, hoje você estava meio estranha, Sra. Grey. — Ele ergue as costas e me pega nos braços. — Sei que você está preocupada com os acontecimentos recentes. Lamento que você tenha sido envolvida nisso. Não sei se é uma vingança, um ex-funcionário ou um concorrente. Se acontecer alguma coisa com você por minha causa… — Sua voz torna-se um sussurro doloroso. Eu o envolvo em meus braços.

— E se algo acontecer com você, Christian? — digo, expressando meu medo.

Ele me fita.

— Vamos dar um jeito. Agora tire a camisa e entre no banho.

— Você não tem que falar com o Sawyer?

— Ele pode esperar.

Sua boca se retesa, e de repente sinto pena de Sawyer. O que será que ele fez para aborrecer Christian?

Ele me ajuda a tirar a camisa e franze a testa quando me viro para ele. Meus seios ainda trazem manchas esmaecidas dos chupões da nossa lua de mel, mas decido não provocá-lo com isso.

— Será que o Ryan conseguiu alcançar o Dodge?

— Vamos saber, mas só depois do banho. Entre.

Ele me oferece a mão. Entro na água morna e perfumada e me sento aos poucos.

— Ai. — Meu ânus está sensível e a água quente me faz estremecer.

— Devagar, baby — diz Christian, mas assim que ele fala, a sensação desagradável desaparece.