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Ela viu uma faca de carne, enorme, fincada numa tábua de cozinha. Então pegou-a e começou a esfaqueá-lo no peito, gritando:

- Pare, papai... Pare com isso... Pare... Pare... Pare...

Ela olhou para baixo, e Jim estava caído no chão, o sangue jorrando do seu corpo para todo lado.

- Seu animal - gritou ela. - Você não vai mais fazer isto com ninguém. - Ela se abaixou e enfiou a faca nos testículos dele.

às seis horas da manhã , Ashley foi até a estação ferroviária para esperar por Jim. não havia sinal dele. Ela estava começando a entrar em pânico. O que poderia ter acontecido? Ashley ouviu o apito do comboio à distância. Olhou para o relógio: 7 horas. O comboio estava entrando na estação. Ashley se levantou e olhou ao redor freneticamente. Alguma coisa terrível aconteceu a ele. Alguns minutos depois, estava plantada na plataforma, vendo o comboio partir para Chicago, levando com ele seus sonhos.

Ela esperou mais meia hora e depois voltou para casa vagarosamente. Ao meio-dia, Ashley e seu pai pegaram um avião para Londres...

A sessão estava terminando.

O Dr. Keller falou:

-... Quatro... Cinco. Você está acordada.

Ashley abriu os olhos.

- O que aconteceu?

- Toni me contou como ela matou Jim Cleary. Ele estava atacando você.

O rosto de Ashley ficou branco.

- Quero ir para o meu quarto.

- Estamos começando a fazer progresso, Otto. Até agora, estávamos entravados. Cada uma delas tinha medo de dar o primeiro passo. Agora, estão começando a ficar mais relaxadas. Estamos indo na direcção certa, mas Ashley ainda tem medo de enfrentar a realidade - disse o Dr. Keller para Otto Lewison.

- Ela não faz idéia de como os assassinatos ocorreram?- perguntou o Dr. Lewison.

- Absolutamente nenhuma. Ela os apagou da mente, apagou tudo. Foi Toni quem assumiu o comando.

Dois dias depois.

- Você está se sentindo relaxada, Ashley?

- Estou. - Sua voz soou distante.

- Vamos conversar sobre Dennis Tibble. Ele era seu amigo?

- Dennis e eu trabalhávamos para a mesma empresa. Não éramos propriamente amigos.

- Segundo a polícia, as suas impressões digitais foram encontradas no apartamento dele.

- Foram, sim. Eu fui até lá porque ele tinha me pedido uns conselhos.

- E o que aconteceu?

- Nós conversamos durante alguns minutos, e ele me deu um copo de vinho com uma droga dentro.

- Qual é a última coisa de que você se lembra?

- Eu... eu acordei em Chicago.

A expressão de Ashley começou a se alterar. Num instante, era Toni falando com ele.

- Você quer mesmo saber o que aconteceu...?

- Conte-me, Toni.

Dennis Tibble pegou a garrafa de vinho e falou:

- Vamos ficar descontraídos.

Ele começou a levá-la para o quarto.

- Dennis... eu não quero...

E eles estavam dentro do quarto, e ele estava tirando as roupas.

- Eu sei o que você quer menina. Quer que eu trepe com você. É por isso que veio até aqui.

Ela estava fazendo força para se soltar.

- Pare com isso, Dennis.

- Só vou parar depois que lhe der o que você veio buscar. Vai ser uma delícia, menina!

Ele a empurrou para a cama, segurando-a com força, descendo a mão para a virilha dela. Era a voz do pai dela. "Você vai adorar, menina. "Ele a penetrou com força, várias vezes, e ela estava gritando em silêncio: "Não, papai. Pare. "E então a fúria indizível assumiu o comando. Ela viu a garrafa de vinho. Esticou-se para pegá-la, bateu-a contra a borda da mesa e enfiou a ponta quebrada nas costas dele. Ele gritou e tentou se levantar, mas ela o segurou com força, enquanto continuava enfiando a garrafa quebrada no corpo dele. Ela esperou até que ele caísse no chão.

- Pare... - implorou ele.

- Você promete não fazer mais isso? Sabe de uma coisa, eu vou tomar uma providência, só para garantir - Ela pegou um caco de vidro e foi em direcção à virilha dele.

O Dr. Keller deixou que um momento de silêncio se passasse.

- O que você fez depois disso, Toni?

- Eu resolvi sair dali antes que a polícia chegasse. Tenho de admitir que estava bastante excitada. Queria deixar de lado a vida monótona de Ashley durante algum tempo e, como eu tinha um amigo em Chicago, decidi ir até lá. Acontece que ele não estava em casa, de modo que fiz um as comprinhas, fui a alguns bares e me diverti um pouco.

- E o que aconteceu depois?

- Arranjei um quarto num hotel e dormi. - Ela encolheu osombros. - Daí em diante, a festa foi de Ashley.

Ela acordou devagar, sabendo que havia alguma coisa muito errada. Teve a sensação de ter sido drogada. Ashley olhou ao redor do quarto e começou a entrar em pânico. Estava deitada numa cama, nua, num quarto de hotel barato. não fazia idéia de onde estava nem de como tinha chegado ali. Conseguiu se sentar e começou a sentir a cabeça latejar. Ela saiu da cama, entrou no minúsculo banheiro e tomou um banho. Deixou que a água quente batesse contra o seu corpo, tentando lavar as coisas horríveis, sujas, que lhe pudessem ter acontecido. E se ela tivesse engravidado? A simples idéia de ter um filho dele a deixou enojada. Ashley saiu do chuveiro, secou-se e foi até o armário. Suas roupas haviam sumido. Encontrou ali somente uma minissaia de couro preto, um top barato e um par de sapatos de saltos bem altos, pontudos. Sentiu repugnância ao se ver forçada a vestir aquelas roupas, mas não teve escolha. vestiu-se rapidamente e olhou-se no espelho.

Parecia uma prostituta.

- Papai, eu...

- O que houve?

- Estou em Chicago e...

- O que você está fazendo em Chicago?

- Não dá para falar agora. Preciso de uma passagem de avião para San José. não tenho nenhum dinheiro aqui comigo. Você pode me ajudar?

- Claro. Espere... Há um voo da American Airlines saindo do fiare às dez e quarenta; o número do voo é 407. Vou mandar deixar uma passagem para você no balcão de embarque.

- Alette, você está me ouvindo? Alette.

- Estou aqui, Dr. Keller.

- Vamos conversar sobre Richard Melton. Ele era seu amigo, não era?

- Era. Ele era muito simpático... Eu estava apaixonada por ele.

- Ele estava apaixonado por você?

- Acho que sim, estava. Ele era um artista. Nós íamos juntos aos museus e víamos quadros maravilhosos. Quando estava com Richard, eu me sentia... viva. Acho que se alguém não o tivesse matado, talvez algum dia viéssemos a nos casar.

- Conte-me a última vez em que vocês estiveram juntos.

- Quando estávamos saindo de um museu, Richard falou: "Meu companheiro de quarto foi a uma festa hoje à noite. Porque não damos um pulinho no meu apartamento? Eu gostaria de lhe mostrar alguns dos meus quadros. "

-"Ainda Não, Richard. "

- Como você quiser. Vamos nos ver no fim de semana que vem? "Vamos. "

- Eu peguei meu carro e fui embora - disse Alette. - E essa foi a última vez em que eu...

O Dr. Keller viu seu rosto tornar a assumir a fisionomia de Toni.

- É assim que ela quer pensar - disse Toni. - Mas não foi isso que aconteceu.

- E o que foi que aconteceu? - perguntou o Dr. Keller.

Ela foi até o apartamento dele, na Fell Street. Era pequeno, mas os quadros de Richard davam-lhe um aspecto aconchegante.

- Dá muita vida ao ambiente, Richard.

- Obrigado, Alette! - Ele a abraçou. - Eu quero fazer amor com você. Você é linda!

- Você é linda - falou o pai dela. E ela congelou. Porque sabia a coisa terrível que ia acontecer. Estava deitada na cama, nua, sentindo a conhecida dor da penetração rasgando-a por dentro.

E ela estava gritando:

- Não. Pare com isso, papai. Pare com isso.

E então o frenesi maníaco-depressivo assumiu o controle. Ela não se lembra de onde conseguiu a faca, mas a estava enfiando por todo o corpo dele, gritando com ele: