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-Parece que sim, não ? - Deu a Korontzis um olhar entendido. -Avossa sorte não podia durar para sempre-disse Marvin Seymour.

Perry Breslauer interveio.

-Que tal subirmos a parada de novo para vocês levarem uma cabazada?

Tony Rizzoli fingiu considerar a questão.

-Não sei-disse ele pensativamente. Virou-se paraVictor Korontzis. - 0 que é que acha, Victor? Não gostava de sair daqui esta noite com cinquenta mil dólares no bolso?

«Poderei comprar uma casa e um carro novo. Posso levar a famffia de férias»...Korontzis quase tremia de excitação.

Sorriu.

- Porque não?

-Tudo bern -disse Sal Prizzi. -Vamos jogar. Não há limite. Iam jogar vasas de cinco cartas, As cartas estavam dadas. -Vamos abrir com cinco mil dólares.

Cada jogador recolheu a sua ante.

Victor Korontzis recebeu duas damas. Tiroutrês cartas, e uma delas era outra dama.

Rizzoli olhou para a sua mão e disse: -Subo mil.

Marvin Seymour analisou a sua mão. - Pago para ver e subo dois mil. Otto Dalton baixou as cartas,

- É de mais para mim. Sal Prizzi disse: -Jogo.

0 bolo foi todo para Marvin Seymour.

Namão seguinte, Victor Korontzis recebeuum oito, nove, dez e um valete de copas. Só faltava uma carta para um voo súbito!

-Jogo para mil dólares-disse Dalton. -Jogo e subo mais mil.

Sal Prizzi disse: -Vamos pôr mais mil.

Era a vez de Korontzis. Ele tinha a certeza de que um súbito voo bateria tudo o que os outros tivessem. Só lhe faltava uma carta. -Eu jogo. -Tirou uma carta e pô-la com o valor para baixo, não ousando olhar para ela.

Breslauer baixou o jogo.

- Duas quadras e dois dez. Prizzi baixou o seu jogo. -Três setes.

Voltaram-se paraVictor Korontzis. Ele respiroufundo e apanhou a carta que lhe faltava. Era preta.

-Rebentei-disse ele. Baixou o jogo.

Os bolos iam crescendo. Apilha de fichas de Victor Korontzisficou reduzida a quase nada. Olhou para Tony Rizzoli, preocupado. Rizzoli sorriu de um jeito tranquilizador, um sorriso que dizia: ~~Não há motivos para preocupaçõesp. Rizzoli deu início ao próximo bolo. As cartas foram dadas. -Aposto mil dólares no escuro. Perry Breslauer; -Eu ponho mais mil. Marvin Seymour: -E eu cubro. Sal Prizzi:

-Sabem uma coisa? Acho que vocês estão a fazerbluff. Vamos subir mais cinco mil.

Victor Korontzis ainda não olhara para o seu jogo. «Quando é que a porcaria da partilha vai acabar?»

-Victor?

Korontzis recolheu o jogo lentamente e abriu as cartas uma a uma.

Um ás, outro ás e um terceiro ás, mais um rei e um dez. 0 sangue dele começou a galopar.

-Joga?

Sorriu para si próprio. A partilha havia parado. Sabia que ia receber para ter um full. Desfez-se do dez e tentou manter uma voz normal.

-Jogo. Uma carta, por favor. Otto Dalton disse:

- Quero duas. - Olhou para as cartas. - Subo mil. Tony Rizzoli sacudiu a cabeça.

-Para mim é de mais. -Baixou o jogo.

- Eu jogo - disse Prizzi- e subo cinco mil. Marvin Seymour entregou o jogo.

- Saio.

Era entre Victor Korontzis e Sal Prizzi.

-Joga? -Prizzi perguntou. - Vai-lhe custar mais cinco mil. Victor Korontzis olhou para o monte de fichas que possuía. Cinco mil era tudo o que tinha.

nMas quando euganhar este bolo..., pensou ele. Olhou de novo para as cartas que tinha na mão. Eram imbatíveis. Pôs o monte de fichas no centro da mesa e puxou uma carta. Era um cinco. Mas ainda tinha três ases. Baixou o jogo. -Três ases. Prizzi espalhou o seu jogo. -Quatro duques. Korontzis deixou-se ficar ali, atordoado, vendo Prizzi recolher o bolo. Decerto modo sentiu-se como se tivesse decepcionado o seu amigo Tony. Se ao menos eu tivesse parado quando começámos a ganhar. Foi a vez de Prizzi dar.

-Vasa de sete cartas- anunciou ele. -Vamos pôr mil dólares no bolo.

Os outros jogadores recolheram a primeira carta. Victor Korontzis olhou para Tony Rizzoli com um ar de desespero.-Eunão tenho... -Está bem -Rizzoli disse. Virou-se para os outros.

Ouçam, o Victor não teve tempo de levantar muito dinheiro para trazerhoje, mas garanto-lhes que ele é de confiança. Vamos dar-lhe crédito, e ajustamos contas no fim da noite.

Prizzi disse:

- Calma aí. 0 que é isto, alguma agência bancária? Nós nunca vimos o Victor Korontzis mais magro. Como é que sabemos que ele vai pagar?

-Têm a minha palavra-Tony Rizzoli assegurou-lhes.-0 Otto passa-me um vale.

Otto Dalton falou.

-Se o Tony diz que o senhor Korontzis é de confiança, então não há problema.

Sal Prizzi encolheu os ombros. - Pronto, então está tudo bem. -Por mim tudo bem - disse Perry Breslauer. Otto Dalton virou-se para Victor Korontzis. -Quanto é que quer?

-Dê-lhe dez mil - disse Tony Rizzoli.

Korontzis olhou para ele surpreendido. Dez mil dólares eram mais do que ele ganhara em dois anos. Mas Rizzoli devia saber o que estava a fazer. Victor Korontzis engoliu. -Isso.., isso está óptimo. Um monte de fichas foi colocado diante de Korontzis. As cartas nessa noite foram o inimigo deVictor Korontzis. Àmedida que as apostas subiam, o seu novo monte de fichas ia diminuindo. Tony Rizzoli também estava a perder. As duas da madrugada, fizeram um intervalo. Korontzis levou Tony Rizzoli para um canto.

-0 que é que está a acontecer?-Korontzis sussurrou em pânico. -Meu Deus, sabe quanto dinheiro já estou a dever?

-Não se preocupe, Victor. Eu também estou a dever. Já fiz o sinal ao Otto. Quando for ele a dar o jogo vai mudar. Vamos dar-lhes uma boa coça.

Voltaram a sentar-se.

-Dá mais vinte e cinco mil dólares ao meu amigo-disse Rizzoli. Marvin Seymour franziu o sobrolho.

-Tem a certeza de que ele quer continuar a jogar? Rizzoli voltou-se para Victor Korontzis.

-É consigo. -Korontzis hesitou. «Já fiz sinal ao Otto. 0 jogo vai mudar.» -Jogo.

-Está bem.

Fichas no valor de vinte e cinco mil dólares foram colocadas diante de Korontzis. Olhou para as fichas e de repente sentiu-se cheio de sorte, Otto Dalton estava a dar.

-Muito bem, cavalheiros. 0 jogo é vasa de cinco cartas. A aposta inicial é de mil dólares.

Os jogadores colocaram as fichas no centro da mesa.

Dalton distribuiu cinco cartas a cada jogador. Korontzis não olhou para a mão que recebeu. NVou esperarN, pensou ele, «Vai dar sorte. - Façam as vossas apostas. Marvin Seymour, sentado à direita de Dalton, estudou a sua mão por um momento.

- Desisto. - Baixou as cartas. Sal Prizzi era a seguir.

- Eu jogo e subo mil. - Pôs as fichas no centro da mesa. Tony Rizzoli olhou para a sua mão e encolheu os ombros. -Desisto.-Baixou as cartas.

Perry Breslauer estava a olhar para a sua mão e a rir-se. - Cubro o aumento, e subo mais cinco mil. Custaria a Victor Korontzis seis mil dólares continuar no jogo. Lentamente, apanhou a sua mão e abriu as cartas em leque. Não pôde acreditar no que viu. Seguravaum straight f lush conveniente-uma quina, uma sena, um sete, um oito e um nove de copas. «Uma mão perfeita! Afinal Tony Rizzoli tivera razão. Graças a Deus! Korontzis tentou esconder a sua excitação.

- Cubro, e subo cinco mil. - Era esta mão que ia enriquecê-lo. Dalton entregou o jogo.

-Eu não. Passo.

-Agora é comigo-disse Sal Prizzi.-Acho que você está a fazer bluff, amigo. Jogo e subo mais cinco mil.

Victor Korontzis sentiuum ligeirofrémito de excitação atravessá-lo. Tinham-lhe dado uma mão que s6 se dá uma vez na vida. Ia ser o maior prémio acumulado do jogo.

Perry Breslauer estudava a sua mão.

- Bem, acho que vou jogar e subir mais cinco, companheiros. Era de novo a vez de Victor Korontzis. Respirou fundo. -Cubro e subo mais cinco mil. -Quase tremia de excitação. Era tudo o que podia fazer para evitar estender as mãos e recolher o bolo.