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Winthrop, Taylor - a família Winthrop criou fundações filantrópicas para ajudar escolas, bibliotecas e programas internos da cidade…

Havia 54 websites para a família Winthrop. Dana ia mudar a busca para Apartamentos, quando uma entrada ao acaso captou-lhe o olhar.

Winthrop, Taylor - Processo judicial. Joan Sinisi, ex-secretária de Taylor Winthrop, entrou com uma ação judicial e depois a abandonou.

Dana leu mais uma vez. Que tipo de processo judicial?, perguntou-se.

Mudou para vários outros websites Winthrop, mas não encontrou nenhuma outra menção a ação judicial. Digitou então o nome Joan Sinisi. Nada apareceu.

- Esta é uma linha segura?

- Sim.,

- Quero um relatório sobre os websites que o alvo tem verificado.

- Cuidaremos imediatamente disso.

Na manhã seguinte, ao chegar ao seu escritório na redação, após deixar Kemal na escola, Dana procurou no catálogo de telefones de Washington.

Nenhuma Joan Sinisi. Tentou o de Maryland… Virgínia… Sem sorte. Ela na certa se mudou, decidiu Dana.

Tom Hawkins, o produtor do programa, entrou no escritório de Dana.

- Derrotamos mais uma vez a concorrêncía ontem à noite.

- Maravilha. - Dana ficou pensativa por um momento.

- Tom, conhece alguém na companhia telefônica?

- Claro. Você precisa de um telefone?

- Não. Quero saber se alguém tem um número não listado.

Acha que poderia verificar isso?

- Qual é o nome?

- Sinisi. Joan Sinisi. Ele franziu as sobrancelhas.

- Por que este nome me parece conhecido?

- Ela se envolveu num processo judicial com Taylor Winthrop.

- Ah, é. Agora me lembro. Foi mais ou menos um ano atrás. Você estava na Iugoslávia. Achei que ia ser uma matéria suculenta lá, mas silenciou muito rápido. Ela na certa está morando em algum lugar na Europa, mas vou tentar descobrir Quinze minutos depois, Olivia Watkins comunicou:

- Tom na linha para você.

- Tom?

- Joan Sinisi continua morando em Washington. Tenho um número que não consta da lista telefônica para você, se quiser - Fantástico - exclamou Dana e pegou uma caneta. Desembuche. - 555-2690.

- Obrigada.

- Esqueça os agradecimentos. Transforme-os num almoço.

- Combinado.

A porta do escritório abriu-se e Dean Ulrich, Robert Fenwick e Maria Toboso, três redatores que trabalhavam no jornal da televisão, entraram.

Robert Fenwick disse:

- Vai ser um noticiário sangrento esta noite. Temos duas colisões de trem, um desastre aéreo e um grande deslizamento.

Os quatro puseram-se a ler os boletins informativos que chegavam.

Terminada a reunião, duas horas depois, Dana pegou o pedaço de papel com o número de Joan Sinisi e telefonou.

Uma mulher respondeu:

- Residência da Srta. Sinisi.

- Eu poderia falar com a Srta. Sinisi, por favor? Aqui é Dana Evans.

- Vou ver se ela pode atender. Só um minuto - respondeu a mulher Dana esperou. Outra voz de mulher chegou ao telefone, baixa e hesitante.

- Alô…

- Srta. Sinisi?

- Sim.

- Aqui é Dana Evans. Eu gostaria de saber se…

- A Dana Evans?

- Ah… sim.

- Oh! Vejo seu programa toda noite. Sou uma tremenda fã sua.

- Obrigada - disse Dana. - Isso é muito lisonjeiro. Eu queria saber se tem algum tempo de sobra para mim, Srta. Sinisi.

Eu gostaria de conversar com você.

- Você gostaria? - Transpareceu um tom de alegre surpresa na sua voz.

- Sim. Podemos nos encontrar em algum lugar?

- Heim, sem dúvida. Gostaria de vir aqui?

- Seria ótimo. Quando é conveniente para você? Houve uma breve hesitação.

- A qualquer hora. Fico em casa o dia todo.

- Que tal amanhã à tarde, digamos às duas horas?

- Tudo bem. - Deu o endereço.

- Vejo-a amanhã - disse Dana e desligou o telefone. Por que continuo nisso? Bem, o encontro com Joan Sinisi irá desvendar tudo.

Às duas horas da tarde seguinte, Dana parou o carro diante do arranha-céu de apartamentos de Joan Sinisi, na Prince Street.

Um porteiro uniformizado aguardava na fachada do prédio.

Dana olhou a imponente construção e pensou: Como uma secretária tem meios para morar aqui? No vestíbulo, uma recepcionista à mesa.

- Posso ajudá-la?

- Combinei um encontro com a Srta. Sinisi. Sou Dana Evans.

- Sim, Srta. Evans. Ela está à espera. É só tomar o elevador para a cobertura. É o apartamento A.

A cobertura?

Quando Dana chegou ao último andar, saiu do elevador e tocou a campainha do apartamento A. A porta foi aberta por uma empregada uniformizada.

- Srta. Evans?

- Sim.

- Entre, por favor.

Joan Sinisi morava num apartamento de doze cômodos com um imenso terraço dominando de cima a cidade. A empregada levou Dana por um longo corredor até uma sala de visitas toda em branco e belamente decorada. Sentada no sofá, uma mulher pequena e magra levantou-se ao ver Dana.

Joan Sinisi foi uma surpresa. Dana não soubera o que prever, mas a mulher que se levantara para cumprimentá-la era a última coisa que esperaria ver.

Além de baixa, Joan Sinisi tinha um rosto comum, os olhos castanhos ocultos sob grossos óculos. A voz era tímida e quase inaudível.

- É um verdadeiro prazer conhecê-la em pessoa, Srta. Evans.

- Obrigada por me receber - disse Dana. Juntou-se a Joan Sinisi num grande sofá branco perto do terraço.

- Eu ia tomar um pouco de chá. Aceitaria um pouco?

- Obrigada.

Joan Sinisi voltou-se para a empregada e disse, quase com acanhamento:

- Greta, poderia fazer o favor de nos trazer um pouco de chá?

- Sim, senhora.

- Obrigada, Greta.

Pairava uma sensação de irrealidade naquilo. Joan Sinisi e a cobertura não se encaixavam de modo algum. Como ela poderia ter meios para morar aqui? Que tipo de acordo fizera TaylorWinthrop? E de que se tratara a ação judicial? -…e nunca perco suas apresentações-dizía Joan Sinisí, em voz baixa. - Acho você maravilhosa.

- Obrigada.

- Lembro quando você transmitía as notícias de Sarajevo, com todas aquelas bombas e armas explodindo. Sempre temia que alguma coisa pudesse Lhe acontecer - Para ser sincera, eu também.

- Deve ter sido uma experiência terrivel.

- Sim, em certo aspecto foi.

Greta chegou com uma bandeja de chá e bolos. Arrumoua na mesa de centro, diante das duas.

- Eu sirvo - disse Joan Sinisi.

Dana ficou vendo-a servir o chá.

- Aceita um bolo?

- Não, obrigada.

Joan Sinisi passou a Dana a xícara de chá e serviu outra para si.

- Como disse, fico realmente muito feliz por conhecê-la, mas eu… eu não posso imaginar sobre o que quer conversar comigo.

- Eu queria falar de Taylor Winthrop.

Joan Sinisi teve um sobressalto e derramou um pouco de chá no colo.

O rosto empalideceu.

- Está tudo bem com você?

- Sim, estou… estou ótima. - Fez umas leves aplicações na saia com o guardanapo. - Eu… eu não sabia que você queria… - A voz extinguiu-se.

A atmosfera mudara de repente. Dana disse:

- Você foi secretária de Taylor Winthrop, não foi? Joan Sinisi respondeu, cuidadosa.

- Fui. Mas deixei o emprego do Sr Winthrop um ano atrás. Lamento não poder ajudá-la. - A mulher quase tremia.

Dana disse, tranqüilizando-a:

- Ouvi tantas coisas boas sobre Taylor Winthrop. Simplesmente imaginei que talvez pudesse acrescentar mais alguma informação.

Joan Sinisi pareceu aliviada.

- Oh, sim, claro que posso. O Sr Winthrop era um grande homem.

- Quanto tempo trabalhou pra ele?

- Quase três anos.

Dana sorriu.

- Deve ter sido uma experiência maravilhosa.

- Sim, sim, foi, Srta. Evans. - Parecia muito mais relaxada.

- Mas você moveu um processo judicial contra ele.

O medo voltara aos olhos de Joan Sinisi.