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Matt Baker ia saindo do escritório, quando Elliot Cromwel entrou.

- Quero conversar com você sobre Dana.

- Algum problema?

- Não, e não quero que haja, Matt. Esse negócio de Taylor Winthrop que ela anda investigando…

- Sim.

- Ela anda levantando muita poeira, e acho que está perdendo tempo à toa.

Conheci Taylor Winthrop e sua família

Eram todos pessoas maravilhosas.

- Ótimo - disse Matt Baker. - Então não tem problema se ela continuar.

Elliot Cromwell olhou Matt por um momento e encolheu os ombros.

- Mantenha-me informado.

- Esta é uma linha segura?

- Sim, senhor.

- Bom. Estamos dependendo muitíssimo da informação que vem da WTN.

Tem certeza que sua informação é confiável?

- Absoluta. Está vindo direto da torre executiva.

Preparando o café, na manhã de segunda-feira, Dana ouviu fortes ruidos do lado de fora. Olhou pela janela e surpreendeu-se ao ver um caminhão de mudança diante do prédio de apartamentos, com homens transportando móveis.

Quem poderia estar se mudando?, perguntou-se. Todos os apartamentos estavam ocupados, e todos eram aluguéis de longo prazo.

Dana punha o cereal na mesa, quando ouviu uma batida na porta. Era Dorothy Wharton.

- Dana, tenho uma notícia para lhe dar - disse ela, ecitada. - Howard e eu estamos nos mudando hoje para Roma.

Dana olhou para ela, atônita.

- Roma? Hoje?

- Não é incrível? Semana passada um homem veio ver Howard. Tudo muito em segredo. Howard me pediu que eu não dissesse nada a ninguém.

Bem, ontem à noite, o homem telefonou e ofereceu a Howard um emprego na empresa dele, na Itália, pagando três vezes o salárío atual de Howard. - Dorothy sorria, radiante.

- Bem, isso é… isso é maravilhoso - disse Dana. - Vamos sentir sua falta.

- Nós também vamos sentir sua falta.

Howard aproximou-se da porta.

- Imagino que Dorothy já lhe contou a novidade, não?

- Contou. Estou felicíssima por vocês. Mas não iam ficar aqui pelo resto da vida?

Howard continuou falando.

- Não dá para acreditar nisso. Assim, saído do nada. E também é uma grande empresa. Italiano Ripristino. Um dos maiores conglomerados da Itália. Eles têm uma subsidiária que se dedica à restauração de ruínas. Não sei como souberam de mim, mas mandaram um homem de avião até aqui só para me fazer uma proposta. Há muitos monumentos em Roma que precisam de restauração. Vão até pagar o resto do nosso aluguel aqui até o fim do ano, e recebemos de volta nosso depósito. A única coisa é que temos de estar em Roma amanhã. Ou seja, precisamos sair do apartamento hoje.

Dana perguntou, hesitante.

- É uma coisa muito fora do comum, não acha?

- Acho que estão com muita pressa.

- Precisam de ajuda para fazer as malas? Dorothy balançou a cabeça.

- Não. Ficamos acordados a noite toda. A maior parte das coisas vai para uma instituição de caridade. Com o novo salário de Howard, podemos comprar coisas muito melhores.

Dana riu.

- Dê notícias, Dorothy.

Uma hora depois, os Whartons haviam deixado o apartamento e seguiam a caminho de Roma.

Quando Dana chegou ao escritório, pediu a Olivia:

- Por favor, dá para você verificar uma empresa para mim?

- Claro.

- Italiano Ripristino. Acho que sua sede fica em Roma - Certo.

Meía hora depois, Olivia entregava-Lhe um papel.

- Aquí está. É uma das maiores empresas da Europa.

Dana teve uma sensação de profundo alívio.

- Ótimo. Fico feliz em ouvir - Aliás - disse Olivia -, não é uma empresa privada.

- Não?

- Não. É uma estatal do governo ítaliano.

Quando Dana chegou com Kemal da escola naquela tarde, un homem de meia-idade, usando óculos, mudava-se para o apartamento dos Whartons.

Quinta-feira, o dia do encontro de Dana com Roger Hudsor começou infernal.

Na primeira reunião do jornal da televisão, Robert Fenwicl disse:

- Parece que temos problemas para a transmissão do programa desta noite.

- Desembuche - disse Dana.

- Sabe aquela equipe que mandamos para a Irlanda? Da que íamos usar o filme esta noite?

- Sim?

- Eles foram presos. E todo o equipamento confiscado.

- Fala sério?

- Nunca brinco com irlandeses. - Estendeu uma foLha de papel a Dana. - E aqui está nossa matéria principal.

Sobre o banqueiro de Washington que está sendo acusado de fraude.

- É uma boa matéria - disse Dana. - É a nossa exclusiva.

- Nosso departamento jurídico simplesmente acabou com ela.

- Quê?!

- Têm medo de ser processados.

- Maravilha - disse Dana, com amargura.

- Ainda não terminei. A testemunha do caso de assassinato que marcamos para uma entrevista ao vivo esta noite…

- Sim…

- Ele mudou de idéia. É avesso a aparecer na televisão.

Dana gemeu. Ainda não eram nem dez da manhã. A única coisa que aguardava com impaciência naquele dia era seu encontro com Roger Hudson.

Quando Dana voltou da reunião, Olivia disse:

- São onze horas, Srta. Evans. Com este tempo, talvez fosse melhor sair agora para seu encontro com o Sr Hudson.

- Obrigada, Olivia. Devo estar de volta daqui a umas duas ou três horas.

Dana olhou pela janela. Recomeçara a nevar. Ela vestiu o casaco, pôs o cachecol e dirigiu-se para a porta. O telefone tocou.

- Srta. Evans…

Dana voltou-se.

- Telefonema para você na linha três.

- Agora não - disse Dana. - Tenho de sair - É alguém da escola de Kemal.

- Quê?! - Dana voltou correndo para sua mesa. -Alô…

- Srta. Evans?

- Sim.

- Aqui é Thomas Henry - Olá, Sr Henry. Está tudo bem com Kemal?

- Realmente não sei como responder a essa pergunta.

Lamento muito ter de lhe dizer isso, mas Kemal está sendo expulso.

Dana imobilizou-se, chocada.

- Expulso. Por quê? Que foi que ele fez?

- Talvez seja melhor discutirmos pessoalmente. Eu lhe agradeceria se viesse pegá-lo.

- Sr Henry..

- Eu explico quando chegar aqui, Srta. Evans. Obrigado, Dana repôs o receptor no lugar, aturdida. Que poderia ter acontecido?

- Está tudo bem? - perguntou Olivia.

- Fantástico - gemeu Dana. - Só faltava essa para a manhã ficar simplesmente perfeíta.

- Posso fazer alguma coisa?

- Reze uma oração extra para mim.

Mais cedo naquela manhã, quando Dana deixou Kemal na escola, acenoulhe adeus com a mão e o carro se afastou, Ricky Underwood observava a cena.

Quando Kemal passou por ele, Underwood dísse:

- Ei, seu herói de guerra. Sua mãe deve estar realmente frustrada. você só tem um braço, portanto quando brinca de sacanagem com ela…

Os movimentos de Kemal foram quase rápidos demais para ser vistos.

Lançou a perna à frente e o pé atingiu em cheío e com muita força a virilha de Underwood; quando ele gritou e começou a curvar-se, Kemal disparou o joelho acima e quebrou-lhe o nariz. Sangue esguichou no ar Kemal curvou-se sobre o garoto gemendo no chão.

- Da próxima vez, eu acabo com você.

Ao volante, Dana dirigiu-se o mais rápido que pôde para a Escola Intermediária Theodore Roosevelt, imaginando o que teria acontecido. Seja o que for, tenho de convencer Henry a manter Kemal na escola.

Thomas Henry esperava Dana em seu gabinete com Kemal sentado na cadeira defronte. Ao entrar, ela teve uma sensação de déjá vu.

- Srta. Evans.

- Que aconteceu? - perguntou Dana.

- Seu filho quebrou o nariz e o malar de um garoto. Ele teve de ser levado de ambulância para o pronto-socorro.

Dana olhou para ele, descrente.

- Como… como pôde acontecer isso? Kemal só tem um braço.

- Sim - disse Thomas Henry, sisudo. - Mas tem duas pernas. Ele quebrou o nariz do garoto com o joelho.