Выбрать главу

- Obrigada - disse Dana.

- Pedi uma transcrição das notas dele à Escola Intermediária Theodore Roosevelt. Vamos ver se conseguimos melhorá-las.

Dana fez que sim com a cabeça.

- Kemal é um menino muito inteligente.

- Tenho certeza que sim. As notas em matemática provam isso. Vamos tentar dar-lhe um incentivo para que se destaque em todas as outras matérias.

- O fato de só ter um braço é muito traumático para ele - disse Dana. - Espero conseguir resolver isso.

A Sra. Trott concordou com a cabeça, compreensiva.

- Claro.

Quando Kemal terminou o passeio pela escola e voltava com Dana para o carro, ela disse:

- Sei que você vai gostar daqui.

Ele ficou calado.

- É uma escola linda, não é?

- É um pé no saco.

Dana parou.

- Por quê?

A voz de Kemal saiu engasgada.

- Eles têm um monte de quadras de tênis e um campo de futebol e eu não posso… - Os olhos encheram-se de lágrimas.

Dana abraçou-o.

- Lamento, querido. - E pensou consigo: Tenho de fazer alguma coisa em relação a isso.

O jantar na casa dos Hudsons na noite de sábado foi uma festa deslumbrante, em black tie. As belas salas estavam cheias dos poderosos e badaladores da capital do país, entre eles o secretário de Defesa, vários membros do Congresso, o presidente do Federal Reserve e o embaixador da Alemanha.

Roger e Pamela esperavam na porta quando Dana e Jeff chegaram. Dana apresentou-lhes Jeff.

- Gosto da sua coluna de esportes e das suas transmissões na TV - disse Roger Hudson.

- Obrigado.

- Quero apresentar a vocês alguns dos nossos convidados - disse Pamela.

Muitos dos rostos eram conhecidos, e os cumprimentos foram cordiais.

Parecia que a maioria dos convidados era fã de Dana ou de Jeff, ou dos dois.

Quando ficaram a sós por um momento, Dana disse:

- Meu Deus. A lista de convidados parece o Wrw’s Who.

Jeff pegou-lhe a mão.

- Você é a maior celebridade aqui, querida.

- De jeito nenhum - disse Dana. - Sou apenas…

Nesse momento, Dana viu o general Victor Booster e Jackstonee vindo na direção dos dois.

- Boa noite, general - disse Dana.

Booster olhou para ela e disse, com rudeza:

- Que diabos está fazendo aqui?

Dana enrubesceu.

- Isto é um acontecimento social - disse o general, irritado. - Não sabia que a mídia tinha sido convidada.

Jeff olhou furioso para o general Booster.

- Espere aí! Temos tanto direito…

Victor Booster ignorou-o. Curvou-se para perto de Dana.

- Lembra do que prometi se você continuasse procurando problema? - Afastou-se.

Jeff lançou-lhe um olhar, incrédulo.

- Nossa. Que foi que deu nele?

Jack Stone ficou ali, imóvel, a cara vermelha.

- Eu… eu lamento terrivelmente. O general fica assim de vez em quando.

Nem sempre tem muito tato.

- Nós notamos - disse Jeff, gélido.

O jantar propriamente dito foi fantástico. Diante de cada casal, havia um cardápio com uma linda caligrafia.

Blinirussa com caviar, beluga e queijo cremoso light temperado com ladca Sopa de faisão à embaixador com essência de trufa branca e aspargos verdes foie gras à bismarck com alface de Boston, pimenta em grão e molho de vinagre de xerez. Lagosta do maine à termidor caramelada, com molho de champanhe de mormay. Filé à wellington com batata assada e legumes refogados à orloff suflê de chocolate quente com licôr de raspa de casca de laranja e flocos de chocolate, servidas com molho de caramelo.

Um banquete luculiano.

Para sua surpresa, Dana viu-se sentada ao lado de Roger Hudson. Coisa de Pamela, pensou.

- Pamela me disse que Kemal está matriculado na Escola Preparatória Lincoln.

Dana sorriu.

- É, está. Elliot Cromwell conseguiu isso. Ele é umhomem admirável.

Roger Hudson confirmou com a cabeça.

- Foi o que ouvi dizer

Ele hesitou por um momento.

- Pode não significar nada, mas parece que pouco antes de Taylor Winthrop tornar-se nosso embaixador na Rússia, ele disse a alguns amigos que tinha se retirado em definitivo da vida pública.

Dana franziu o cenho.

- E depois aceitou o posto de embaixador na Rússia?

- Sim.

Estranho.

No caminho de volta para casa, Jeff perguntou a Dana:

- Que foi que você fez para arranjar um fã tão ardoroso quanto o general Booster?

- Ele não quer que eu investigue as mortes na família Winthrop.

- Por que não?

- Não explicou. Só ladrou.

Jeff disse, devagar:

- A mordida dele é pior que o latido, Dana. Ele é um péssimo inimigo de se ter Ela lançou um olhar curioso a Jeff.

- Por quê?

- É chefe da FRA, a Agência Federal de Pesquisa.

- Eu sei. Eles desenvolvem tecnologia para ajudar os países subdesenvolvidos a aprender produção moderna e…

Jeff disse, fazendo uma careta:

- E não é que existe mesmo Papai Noel? Dana olhou para ele, sem entender - De que está falando?

- A agência é uma fachada. A verdadeira função da FRA é espionar os serviços secretos estrangeiros e interceptar suas comunicações. É irônico.

“Frater” quer dizer irmão, em latim… só que esse é o Grande Irmão e, certo como o diabo, o Grande Irmão está de olho em todo mundo. São mais dissimulados até que a NSA.

Dana disse, pensativa:

- Taylor Winthrop também já foi chefe da FRA. Interessante.

- Se eu fosse você, ficaria o mais longe possível do general Booster - É o que pretendo.

- Sei que você tem um problema com baby-sitter esta noite, meu bem, por isso se tiver de ir para casa…

Dana aconchegou-se em Jeff.

- De jeito nenhum. A baby-sitter pode esperar. Eu não.

Vamos para sua casa.

Ele abriu um largo sorriso.

- Achei que você nunca ia me pedir isso.

Jeff morava num pequeno apartamento num prédio de quatro andares, na Madison Street. Levou Dana para o quarto.

- Vai ser ótimo quando nos mudarmos para um apartamento maior - disse.

- Kemal precisa ter seu próprio quarto.

Por que não…

- Por que a gente não pára de falar? - sugeriu Dana.

Jeff abraçou-a.

- Grande idéia. - Chegou por trás dela e curvou as mãos em seu quadril, acariciando-a devagar com movimentos suaves. Começou a despi-la. - Sabe que você tem um corpo lindo?

- Todos os homens me dizem isso - brincou Dana. - É o falatório da cidade. Está planejando tirar suas roupas?

- Vou pensar no assunto.

Dana virou-se de frente para ele e começou a desabotoarlhe a camisa.

- Sabe que você é uma imoral?

Ela sorriu.

- Pode apostar Quando Jeff terminou de despir-se, Dana esperava por ele na cama. Aconchegou-se no verão quente de seus braços. Ele era um amante sensacional, sensual e carinhoso.

- Eu te amo muito - sussurrou ela.

- Eu te amo, minha querida.

Quando ele ia puxá-la para junto de si, tocou um celular - É o seu ou o meu?

Eles riram. Tocou mais uma vez.

- O meu - disse Jeff. - Deixe tocar - Talvez seja importante.

- Oh, está bem.

Jeff sentou-se, descontente. Pegou o telefone.

- Alô… - A voz mudou. - Não, tudo bem… Fale… Claro… Tenho certeza que não há nada com que se preocupar. Na certa é só estresse.

A conversa continuou por mais cinco minutos.

- Certo… Vá com calma… Ótimo… Boa noite, Rachel. Desligou o telefone.

Não é terrivelmente tarde para Rachel telefonar para Jeff?

- Algum problema, Jeff?

- Não, acho que não. Rachel está trabalhando demais. Só precisa de um descanso. Vai ficar bem. - Tomou Dana nos braços e perguntou, carinhoso:

- Onde estávamos? - Puxou o corpo nu dela para junto de si e a magia começou.

Ela esqueceu os problemas com os Winthrops, Joan Sinisi, generais, governantas, Kemal e escolas, e a vida tornou-se uma alegre e apaixonante comemoração. Mais tarde, disse, relutante: