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- Quando?

- Daqui a poucos dias. - Com algumas respostas.

Ao chegar ao estúdio, Dana encontrou na escrivaninha um pacote lindamente embrulhado. Olhou-o, curiosa, e abriu-o.

Dentro, uma linda caneta de ouro. No cartão, lia-se: “Querida Dana, tenha uma viagem segura.” Assinado: A Turma.

Que amor. Pôs a caneta na bolsa.

Na mesma hora em que Dana embarcava num avião, um homem de macacão profissional tocava a campainha do ex-apartamento dos Whartons. A porta abriu-se e o novo inquilino olhou para ele, fez que sim com a cabeça e fechou a porta. O homem foi até o apartamento de Dana e tocou a campainha.

A Sra. Daley abriu a porta.

- Sim?

- A Srta. Evans me mandou consertar o aparelho de TV - Pois bem. Entre.

A Sra. Daley viu o homem ir até o aparelho de televisão e começar a trabalhar.

Rachel Stevens estava no Aeroporto Internacional de Miami à espera de Jeff quando o avião chegou.

Meu Deus, ela é tão linda, pensou Jeff. Não dá para acreditar que esteja doente.

Rachel lançou os braços em volta do pescoço do ex-marido.

- Oh, Jeff? Obrigada por vir - Você está deslumbrante - tranqüilizou-a Jeff. Os dois seguiram para uma limusine à espera na saída do aeroporto. Tudo isso vai acabar não sendo nada. Você vai ver - Claro.

A caminho de casa, Rachel perguntou:

- Como vai Dana?

Ele hesitou. Com Rachel tão doente, não queria alardear sua própria felicidade.

- Está ótima.

- Você é um homem de sorte por tê-la. Sabia que fui agendada para fazer uma filmagem em Aruba semana que vem?

- Aruba?

- É. - Continuou: - Sabe por que aceitei esse trabalho? Porque passamos nossa lua-de-mel lá. Como era o nome do hotel onde ficamos?

- Oranjestad.

- Era lindo, não? E qual o nome daquela montanha que subimos?

- Hooiberg.

Rachel sorriu e disse, baixinho:

- Você não esqueceu, não é?

- Em geral, as pessoas não esquecem sua lua-de-mel, Rachel.

Ela pôs a mão no braço de Jeff.

- Foi celestial, não foi? Nunca vi praias tão incrivelmente brancas como aquelas.

Jeff sorriu.

- E você com medo de pegar um bronzeado. Enrolou-se toda como uma múmia.

Fez-se um momento de silêncio.

- Um dos meus arrependimentos mais profundos, Jeff: Ele olhou para ela, sem entender - Como?

- Foi a gente não ter tido um… Esqueça. - Olhou para ele e disse, em voz baixa: - Adorei ficar com você em Aruba.

- É um lugar fantástico. Pesca, windsurf, mergulho, tênis, golfe - disse Jeff; esquivando-se.

- E não tivemos tempo para fazer nada disso, não foi? Jeff riu.

- Foi.

- Vou fazer uma mamografia amanhã de manhã. Não quero ficar sozinha durante o exame. Você vai comigo?

- Claro, Rachel.

Quando chegaram à casa de Rachel, Jeff levou as malas para a espaçosa sala de estar e olhou em volta.

- Lindo. Muito bonito.

Ela abraçou-o.

- Obrigada, Jeff.

Ele sentiu-a tremendo.

A mamografia foi feita na Torre de Radiologia, no centro de Miami. Jeff ficou na ante-sala enquanto uma enfermeira levava Rachel para trocar de roupa e pôr uma bata de hospital Depois acompanhou-a até uma sala de raios X.

- Isso vai levar quinze minutos, Srta. Stevens. Está pronta?

- Sim. Quando posso pegar os resultados?

- Terão de vir de seu oncologista. Ele vai receber as radiografias amanhã.

O oncologista chamava-se Scott Young. Jeff e Rachel entraram no consultório do Dr Young e sentaram-se.

O médico olhou para Rachel por um momento.

- Lamento dizer que tenho más notícias para Lhe dar, Srta. Stevens.

Rachel agarrou a mão de Jeff.

- Oh?

- Os resultados da biópsia e da mamografia mostram que você tem um câncer invasivo.

O rosto de Rachel empalideceu.

- Que… que quer dizer isso?

- Lamento dizer que vai precisar fazer uma mastectomia,

- Não! - saiu instintivamente. - Você não pode… quer dizer, deve ter algum outro meio.

- Receio que não - disse o Dr. Young, delicadamente - Já se espalhou demais.

Rachel ficou calada por um momento.

- Não posso fazer agora. Entende, tenho um compromisso para uma série fotográfica em Aruba semana que vem. Pósso fazer depois?

Jeff examinava o semblante preocupado do médico.

- Quando acha que seria indicado fazer, Dr Young? Ele voltou-se para Jeff:

- O mais cedo possível.

Jeff olhou para Rachel. Ela tentava não chorar Quando falou, a voz saiu trêmula.

- Eu gostaria de ouvir uma segunda opinião.

- Claro.

O Dr Aaron Cameron disse:

- Lamento lhe dizer, mas cheguei à mesma conclusão que o Dr Young. Eu recomendaria uma mastectomia.

Rachel tentou manter a voz nivelada.

- Obrigada, doutor. -Tomou a mão de Jeff e apertou-a.

- Acho que não tem jeito, é isso mesmo, não é? O Dr Young esperava-os.

- Parece que você tinha razão -disse Rachel. - Eu simplesmente não posso…

- Houve um longo e triste silêncio.

Rachel acabou sussurrando: - Está bem. Se tem certeza de que é… é necessário.

- Vamos deixá-la o mais confortável possível - disse o Dr Young. - Antes de operá-la, vou trazer um cirurgião plástico para discutir com você a reconstrução de sua mama. Podemos fazer milagres hoje.

Jeff abraçou·a quando ela caiu em prantos.

Não havia nenhum vôo direto de Washington para Aspen. Dana embarcou num avião da Delta Airlines para Denver, onde fez uma baldeação para um avião da United Express. Depois, não se lembrou de nada da viagem. Tinha a mente cheia de lembranças de Rachel e do tormento por que ela devia estar passando. Que bom que Jeff estará lá para tornar tudo mais fácil. E preocupava-se com Kemal. E se a Sra. Daley for embora antes de eu voltar? Preciso…

A voz do comissário chegou pelo alto-falante.

- Vamos aterrissar em Aspen daqui a poucos minutos.

Por favor, apertem os cintos e ponham os assentos na posição vertical.

Dana começou a concentrar-se no que tinha a fazer Elliot Cromwell entrou no escritório de Matt Baker - Soube que Dana não vai apresentar os noticiários desta noite.

- Sim, é verdade. Ela está em Aspen.

- Dando prosseguimento àquela teoria sobre Taylor Winthrop?

- É.

- Quero que me mantenha informado.

- Certo. - Vendo Cromwell sair, Matt pensou: Ele está realmente interessado em Dana.

Quando desembarcou, Dana seguiu para o balcão de aluguel de carros.

Dentro do terminal, o Dr Carl Ram-sey dizia ao funcionário atrás do balcão:

- Mas reservei um carro há uma semana.

O funcionário disse, desculpando-se:

- Sei, Dr Ram-sey, mas receio ter havido uma confusão.

Não temos um único carro disponível. Há um serviço de ônibus do aeroporto lá fora, ou posso chamar um táxi para…

- Esqueça - disse o médico, e saiu enfurecido.

Dana entrou no saguão do aeroporto e foi até o balcão de aluguel de carros.

- Tenho uma reserva - disse. - Dana Evans.

O funcionário sorriu.

- Sim, Srta. Evans. Estávamos à sua espera. - Deu-lhe um formulário para assinar e entregou-lhe umas chaves. - É um Lexus branco estacionado na vaga um.

- Obrigada. Sabe me dizer como chegar ao Hotel Little Nell?

- Não tem como errar. Fica bem no meio da cidade. East Durant Avenue, 675. Tenho certeza que vai adorar - Obrigada - disse Dana.

Ele viu-a cruzando a porta.

Que diabo está acontecendo aqui?, perguntou-se.

Construído num elegante estilo de chalé, o Hotel Little Nell aninhava-se no sopé das pitorescas montanhas Aspen. O saguão tinha uma lareira que se estendia do piso ao teto, com um fogo intenso ininterruptamente em chamas no inverno, e enormes vidraças com vista para as montanhas Rochosas encimadas por neve. Sentados em sofás e confortáveis poltronas por todo o saguão, hóspedes em roupas de esqui relaxavam. Dana olhou em volta e pensou: Jeff ia adorar isso. Talvez venhamos aqui um dia.