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- Não - disse Dana, tranqüila. - Nós quatro.

Jeff fitava-a.

- Ela quer dizer que vai ter um bebê - explicou Kemal.

- Espero que seja um menino. Podemos lançar bolas na cesta.

Mais boas notícias chegariam. O programa de estréia do Linha do Crime, “História de Roger Hudson, uma conspiração assassina”, recebeu aclamação da crítica e índices de audiência fenomenais. Matt Baker e Elliot Cromwell não se continham de felicidade.

- É melhor arranjar um lugar para pôr o seu Emmy - disse Elliot Cromwell a Dana.

Houve apenas uma nota consternadora. Rachel Stevens sucumbira ao câncer. A notícia saiu publicada nos jornais, e Dana e Jeff ficaram sabendo do que tinha acontecido. Mas, quando a matéria apareceu no teleprompter, Dana olhou-a e engasgou-se.

- Não posso ler isso - sussurrou a Richard Melton. E ele a leu.

Descanse em paz.

Transmitiam o noticiário das onze horas. -…e em Spokane, estado de Washington, um guarda foi acusado pelo assassinato de uma prostituta de dezesseis anos, e é suspeito da morte de outras dezesseis… Na Sicília, o corpo de Malcolm Beaumont, setenta anos, herdeiro de uma fortuna em aço, foi encontrado afogado numa piscina.

Beaumont estava em lua-de-mel com a esposa de 25 anos, e acompanhado por dois irmãos da noiva. Agora, a meteorologia com Marvin Greer.

Quando terminou a transmissão, Dana foi até a sala de Matt Baker - Tem uma coisa me incomodando, Matt.

- Que é? Me diga que eu a elimino.

- Sabe a matéria daquele milionário de setenta anos que foi encontrado afogado numa piscina durante a lua-de-mel com a noiva de 25 anos? Não acha que foi terrivelmente conveniente?

NOTA DO AUTOR

Esta é uma obra de ficção, mas a cidade subterrânea secreta de Krasnoyarsk-26 é real, uma das treze cidades secretas dedicadas à produção nuclear. Krasnoyarsk-26 está situada na Sibéria Central, a 3.000 km de Moscou, e desde sua criação, em 1958, produziu mais de 45 toneladas de armas a base de plutônio.

Embora dois de seus reatores de produção de plutônio tenham sido desativados em 1992, um permanece ativo, produzindo atualmente meia tonelada de plutônio por ano, que pode ser usado na fabricação de bombas atômicas.

Roubos de plutônio têm sido relatados, e o Departamento de Energia dos EUA está trabalhando com o governo russo no aumento das medidas de segurança para proteger o material nuclear.