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Breve história das conjurações e exorcismos para expulsar os Vampiros

Os antigos nos deixaram vários tipos de orações para libertar as vítimas das influências diabólicas do vampiro que gradativamente assaltam seus instintos básicos transformando-as em seres manipuláveis de acordo com sua vontade. a força das palavras evocam a ajuda divina, inimiga da besta, que recua diante da energia que flui do sacerdote ou leigo que as profere. A maioria dessas conjurações são legados deixados por religiosos que perambulavam pela Europa assolada pela peste negra e as legiões demoníacas, que venciam a batalha contra a humanidade. Nessa época as ciências médicas não eram suficientemente desenvolvidas e sua prática se misturava a fé religiosa. Além disso, os médicos eram poucos e concentravam-se na sua maioria nas cortes aristocráticas. Por isso os frades andarilhos quando se deparavam com um caso de vampirismo, utilizavam o único meio que conheciam para libertar a vítima da sua enfermidade: A evocação das energias que compõem as forças positivas e criativas da natureza. Comprovadamente esse procedimento afasta aquele que usa a noite para no corpo alheio perpetuar a sua maldita eternidade.

Seguem agora algumas dessas orações traduzidas do latim. Vale frisar que foram encontradas em antigos livros em distantes mosteiros da Europa. (As orações que não estiverem traduzidas do latim devem ser lidas na sua forma original para que consiga o efeito).

Primeira esconjuração:

«Eu, com a força do Pai, absolvo o corpo que padece de tão estranho mal. Sei que isso é coisa dos parceiros do demônio que sugam na noite o vital fluído da vida. Por isso te esconjuro, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, eterno na sua glória. Volte as trevas, parceiro de lúcifer, pois nesse corpo só tem morada a verdade divina. Nós com a ajuda do Espírito Santo estamos em corrente para reconduzir essa alma, que hora padece, aos reinos da luz. Invoco com a ajuda divina, a força dos raios solares que inspiram a terra a criar o bom elemento para o nosso caminho. Venha Deus com seus auxilios por amor de misericórdia que tais homens e mulheres causadores destes males que sejam já tocados no coração para que não continuem com essa maldita vida! Sejam comigo os anjos do Céu, principalmente S. Miguel, S. Gabriel, S. Rafael, e todos os santos e santas e anjos do Senhor, e os Apóstolos do Senhor, S. João Batista, S. Pedro, Santo André, S. Thiago, S. Matias, S. Lucas, S. Felipe, S. Marcos, S. Simão, S. Anastácio, Santo Agostinho e por todas as ordens dos santos Evangelistas, João, Lucas, Marcos, Mateus, e por obra e graça do Divino Espírito. Pelas setenta e duas línguas que estão repartidas pelo mundo e por esta absolvição e pela voz que deu quando chamou Lázaro do Sepulcro, por todas essas virtudes seja tornando tudo ao seu próprio ser que dantes tinha ou à sua própria saúde que gozava antes de ser arrebatado pelos demônios, pois eu, em nome do Todo Poderoso, mando que tudo cesse do seu desconcerto natural. Pelo nome de Deus Nosso Senhor Jesus Cristo e todas as coisas aqui nomeadas sejam desligadas a volúpia sanguinária dos companheiros do demônio, seja tudo destruído: que o mando eu da parte do Onipotente, para que já, sem apelação sejam desligados e se desligem todos os maus feitiços e ligamentos e toda má ventura por Cristo Senhor Nosso. Amém.

Segunda esconjuração:

«Esconjuro-vos, criaturas excomungadas, ou maus espíritos batizados se com laços maus, atentas o caminho desse espírito. Se tua força está em édolo celeste ou terrestre, seja tudo destruído da parte de Deus, pois todo o infernorium ou toda a linguagem eu confio em Jesus Cristo, nome deleitável! Assim com Jesus Cristo aparta e expulsa da terra o demônio e todas as suas influências assim por estes nomes de N. S. Jesus Cristo fujam todos os demônios, vampiros e todos os espíritos malignos em companhia de Satanás e de seus companheiros para as suas moradas, que são nos infernos e onde estarão perpetuamente se danando. Tudo que fizeste contra essa enferma criatura fica anulado, esconjurado, quebrado, e ajurado debaixo do poder da Santíssima Trindade e do Santíssimo Sacramento do Altar. Amém.

Com toda a santidade eu vos esconjuro e degredo de volta ao mundo dos mortos, vampiros malditos, espíritos malignos, rebeldes ao meu e vosso criador. Pois eu, vos ligo e torno a ligar e prendo e amarro às ondas do mar, e que vos levem para as areias do mar coalhado, onde não canta galinha nem galo, ou para o vosso destino, ou lugares que Deus Nosso Senhor Jesus Cristo, vós e seus companheiros infernais que bebem na noite a vida dos Filhos. Suas carcaças vão virar pó, e sua eternidade ficará reduzida às fronteiras dos infernos, onde reina o anjo traidor. Afastai, besta infecta e deixai que o sangue desse corpo pertencente ao Senhor purifique-se para que o espírito encontre a Glória de Jesus Cristo. Amém.

Depois de proferida a esconjuração o sacerdote deve manter a seguinte conversação com a pessoa vitimada: «Queres que por ti?» O enfermo responde-lhe: «Sim quero». Em seguida deve se colocar de joelhos e gritar diante de um crucifixo: «Eu não sou Satanás, mas sim uma alma perdida; porém ainda tenho salvação!»

Terceira esconjuração:

«Eis a cruz do Senhor, fugi, fugi, ausentai-vos inimigos da natureza humana. Eu vos conjuro em nome de Jesus, Maria, José, Jesus de Nazaré Rei dos Judeus. Eis aqui a cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo. Fugi, partes inimigos, venceu o leão da Tribo de Judá e a raça de David. Aleluia, Aleluia, Aleluia, exaltado seja o Senhor, que com sua força e sua espada libertadora nos livre das ordas infernais que bebem nosso sangue para preservarem a eternidade dos demônios. Transformai essas bestas em pó para que na graça do Senhor possamos viver na sua Santa Paz. Te esconjuro negra criatura para que voltes a tua tumba e nela permaneça até os dias do Juízo Final. Deus dará a vida eterna somente aos justos, e os comparsas do demônio arderão eternamente. Por isso temam a cruz, e a força que representa para os Filhos do Senhor. Que a terra de onde vieram tão vis criaturas seja amaldiçoada e encerrada pela verdade divina. Dou fim a esta Santa Oração e darão fim às moléstias nesta casa pela bichação dos espíritos malígnos. Amém.

Exorcismo:

Este foi encontrado em livro muito antigo, escrito por Frei Bento do Rosário, religioso descalço da Ordem de Santo Agostinho. «Em nome do Padre, do Filho e do Espírito Santo. Em nome de S. Bartolomeu, de Santo Agostinho, de S. Caetano, de S. André Avelino, eu te arrenego, anjo mau, que pretendes introduzir-te em mim e perverter-me. Pelo poder da cruz de Cristo, pelo poder de suas divinas chagas, eu te esconjuro maldito, para que não possas tentar a minha alma sossegada. Amém.» (Deve ser rezada três vezes acompanhada do sinal da cruz sobre o peito.) A oração que se segue tem importância para algumas combinações cabalísticas capaz de libertar um enfermo atacado pelo vampirismo e também de outras peripécias dos parceiros do canhoto. «Imortal, eterno, inefável e santo Pai de todas as coisas, que de carro rodante caminhas sem cessar por esses mundos que giram sempre na imensidade do espaço dominador dos vastos e imensos campos do éter; onde ergueste o teu poderoso trono, que desprende luz e luz, e de cima do qual teus tremendos olhos descobrem tudo e teus largos ouvidos tudo ouvem! Protege os filhos que amaste desde o nascimento dos séculos porque longa e eterna é a sua duração. Tua majestade resplandece acima do mundo e do céu das estrelas! Tu te elevas a ti mesmo pelo próprio resplendor, saindo da tua essência correntes inesgotáveis de luz, que alimentam teu espírito infinito! Este espírito infinito produz todas as coisas e constitui esse tesouro imorredouro de matéria que não pode faltar à geração que ela rodeia sempre pelas mil formas de que se acha cercado, e com a qual se revestiste e encheste deste o começo. Deste espírito tiram também sua origem esses santíssimos reis que se acham de pé ao redor do seu trono e que compõe sua corte, ó Pai universal! Ó único Pai dos bem aventurados mortais e imortais! Tu tens, em particular poderes que são maravilhosamente iguais ao teu eterno pensamento aos anjos, que anunciam ao mundo tuas vontades. Finalmente tu criastes mais uma terceira ordem de elementos. A nossa prática de todos os dias é saudar-Te e adorar tuas vontades. Ardemos em desejo de possuir-Te! Ó Pai! Mãe! Terna Mãe, a mais terna Mãe, a mais terna de todas as mães! Ó filho, o mais carinhoso dos filhos. Ó formas de todas as formas! Alma, espírito, harmonia, nomes e números de todas as coisas, conserva-nos e se nos propício. Amém.»