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I. Das Origens do Vampirismo

Todas as Mitologias e grandes religiões concordam que a bipolaridade energética é uma constante no Universo. Sempre que existir o Bem, existirá também o Mal. Para os Gregos, no princípio era o Caos, o Ovo Primordial. Este Ovo dividiu-se em dois seguindo uma força ordenadora, Eros, formando o Céu e a Terra. Eros é a virtude atrativa que leva as coisas a se juntarem, criando a Vida. É uma força fundamental do mundo.

Assegura não somente a continuidade das espécies, como a coesão interna do Cosmos. No entanto, a mesma Nuit que gerou a Terra, gerou também Tánatos — a Morte. Vida e Morte desde então são duas coisas inseparáveis para todo o sempre.

O sangue é um dos símbolos da Vida. A nossa Cultura, que é gerida no aspecto religioso pela força do Cristianismo, tem no Sangue de Cristo a grande fonte de energia que move a roda de seu destino. Tomemos o relato de S. Marcos (Cap. 14 Vs. 22 a 25) «Durante a refeição, Jesus tomou o pão e, depois de o benzer, partiu-o e deu-lho, dizendo: «Tomai, isto é meu corpo». Em seguida, tomou o cálice, deu graças e apresentoulho, e todos dele beberam. E disse-lhe: «Este é o meu sangue, o sangue da Aliança que será derramado por muitos. Em verdade vos digo, já não beberei do fruto da videira até aquele dia, em que o beberei de novo no reino de Deus». Judas era um dos que estavam sentados à mesa. Assim como Pedro, que viria a negá-lo mais tarde, com medo da morte. Porque? Porque a morte é o grande segredo de tudo. Tanto é que a essência da transmutação ensinada por Jesus está exatamente na Ressurreição. Mas para ressurgir, é necessário que se morra antes. E na ausência cósmica do Sermão da Montanha está a direção a ser seguida por aqueles que querem tomar a própria cruz e segui-lo.

E os Vampiros? Os vampiros não querem nem uma coisa nem outra. Eles não querem nem morrer, nem obedecer a nenhum sermão e muito menos carregar qualquer tipo de cruz. Preferem continuar fazendo tudo para manter um estado de morte parcial e ressurreição parcial, alimentando-se com sangue humano mesmo, evidentemente de muito pior qualidade.

Diz a tradição que os primeiros vampiros surgiram entre os suicidas e os criminosos condenados à morte. Ou seja, pessoas que de uma forma ou de outra tiveram seu período normal de vida interrompido brusca e violentamente. Principalmente os suicidas que se arrependeram do ato quando já não havia mais tempo de voltar atrás. E tanto os suicidas quanto os criminosos eram condenados também pelo Cristianismo.

Mesmo que recebessem extrema-unção, depois de mortos não poderiam passar pela Igreja e não poderiam se enterrados em «campo santo» (normalmente os cemitérios ficavam ao lado das igrejas e eram controlados por elas. Os padres eram enterrados dentro das igrejas). Segundo a tradição, a revolta contra essa marginalização, a vontade de voltar a viver e o medo de ir para o inferno criavam uma força suficientemente capaz de fazer com que esses seres não se decompusessem, não morressem totalmente e se levantassem do túmulo, à noite, por muitos motivos. Um deles é que os homens são animais de hábitos normalmente diurnos.

Mesmo assim, mesmo se protegendo na escuridão da noite e se alimentando do sangue apenas de animais domésticos e selvagens, qualquer vampiro estava condenado à extinção se não criasse condições de sobre(semi)vivência. Daí que a primeira providência instintiva de qualquer vampiro era arrumar pessoas que pudessem ajuda-lo a manter-se. Mas mesmo assim, o levante das populações enfurecidas era um perigo insuperável, com o passar do tempo. Só subsistiram ao vampiros de famílias altamente poderosas e influentes.

Começaram a aparecer no final do Séc. XVI e se multiplicavam enormemente numa furiosa atividade nos séculos XVII e XVIII, principalmente nos países europeus onde era mais intenso o fervor religioso. Como já argumentamos anteriormente, esse fervor religioso inevitavelmente geraria suas grandes histórias e contradições. A Alemanha foi o país que mais sofreu com a presença dos vampiros e existem ali até hoje muitos tratados eruditos buscando a compreensão de suas atividades e a cura para seus males. No entanto, apesar da Alemanha ter tido o maior número de vítimas fatais desses seres malignos, foi na Inglaterra que surgiram os mais famosos e influentes vampiros, bem como as linhagens politicamente mais fortes e poderosas. Curiosamente, para confirmar a existência contínua da bipolaridade, foi também na Inglaterra que surgiram os maiores inimigos dos vampiros. Bem como na França e na Espanha, em menor proporção.

No entanto, temos fortes razões para crer também que estas linhagens não se extinguiram até hoje.

Pelo contrário, se tornaram altamente sofisticadas e suas alianças com os poderes existentes os tornaram praticamente imunes à destruição. Não podemos esquecer que, além do poder econômico, as linhagens de vampiros que conseguiram sobreviver têm ainda a oferecer aos poderes constituídos os grandes segredos de como manter pessoas — e inclusive populações inteiras — em estado de semi-letargia e inconsciência. Os vampiros são especialistas competentíssimos na arte de criar, educar e manter mortos-vivos.

II. O Grande Pentagrama Europeu

As informações que forneceremos agora são da mais profunda significação e importância para aqueles que se interessam pelo assunto e que queiram compreender de uma forma muito mais ampla fatos históricos que deixaram atônita e desamparada toda a humanidade. Esperamos que estas informações consigam atingir o grande público, pois muitos foram os que heroicamente deram suas vidas para tentar publica-las. Elas não pretendem ser um tratado erudito sobre o assunto, mas sim fornecer indicadores seguros para aqueles que estejam na linha de frente desta luta e ao mesmo tempo dar condições de defesa aos leigos e menos informados. Vamos falar do GRANDE PENTAGRAMA EUROPEU, a estruturação de forças dos vampiros na Europa dos séculos XVII e XVIII, destinada a criar as bases de seu desenvolvimento e poderio em direção ao DOMÍNIO DO PLANETA.

A forma escolhida por eles — o PENTAGRAMA — tem sua razão de ser. As pessoas familiarizadas com o ocultismo sabem que o Pentagrama (Estrela de Cinco Pontas) é o símbolo do Ser Humano, ou seja, o Homem de braços e pernas abertos. No entanto, quando esse homem é colocado de cabeça para baixo, nós temos neste pentagrama invertido a figura do bode, com sua barbicha, as duas orelhas e os dois chifres. O bode passou a representar o diabo, a partir de um determinado momento histórico. No princípio ele era PAN, o deus da música e da flauta, dos gregos. Mas isso é uma outra história, da qual um dia gostaríamos de ter oportunidade de falar. Certo é que o Grande Pentagrama Europeu é invertido, tem sua ponta inferior (a barbicha) em Londres e seu eixo vertical é a linha reta que une Londres a Jerusalém! Os motivos são óbvios, para qualquer pessoa que consulte o mapa a seguir. Em Jerusalém nasceu Jesus, a grande Energia que os vampiros odeiam e lutam por destruir e neutralizar. As outras pontas do pentagrama são as cidades de Berlim, Madri, Bucareste e Palermo. Paris e Roma também se encontram na área coberta pela estrela nefasta. Nestas cidades foram criados núcleos de força dos vampiros. Estes núcleos atuam de forma poderosa, utilizando todos os meios possíveis à disposição. Desde forças políticas quanto econômicas, mágicas, científicas, cósmicas, religiosas, etc. Na Itália, a cidade escolhida foi Palermo, ao invés de Roma, pois em Roma seria impossível a manutenção de um núcleo por muito tempo. Madri é capaz de captar energias da Espanha e Portugal e Londres é capaz de captar a Escócia, Irlanda e suas ilhas.

O GRANDE PENTAGRAMA EUROPEU continua vibrando energias para a Terra até hoje. Sua influência oscila bastante ao longo dos anos. Atualmente estamos em um período de relativa calmaria. Mas o futuro é imprevisível.