- Chiu! - Paula começava a despi-lo. - Podemos conversar depois.
Assim que ela o despiu, começou devagarinho a tirar as próprias roupas. Tinha um corpo que era a perfeição erótica. Os seu braços estavam em volta de Tanner, o corpo contra o dele, e ela encostou os lábios ao ouvido dele e murmurou:
- Já chega de preliminares.
Deitaram-se e ela estava pronta para o receber e, quando ele a penetrou, ela apertou as coxas e as ancas e depois relaxou-as e, repetindo esta operação, foi fazendo com que Tanner ficasse cada vez mais excitado. Ela mudava sempre levemente o corpo de posição para que ele recebesse sempre sensações diferentes. Deu-lhe sensações voluptuosas como ele jamais sentira, estimulando-o a um ponto de êxtase total.
Mais tarde, bastante mais tarde, conversaram pela noite dentro.
Depois dessa, ficaram juntos todas as noites. A Princesa não cessava de o surpreender com o seu humor e o seu encanto e, gradualmente, aos olhos dele transformou-se numa mulher maravilhosa.
Uma manhã, Andrew disse a Tanner:
- Nunca antes te vi sorrir tanto. Temos mulher?
Tanner anuiu.
- Sim.
- E é sério? Vais casar com ela?
- Tenho pensado nisso.
Andrew ficou a olhar para Tanner por momentos.
- Talvez não fosse má idéia dizeres-lhe.
Tanner apertou o braço ao irmão. - Talvez o faça.
Na noite seguinte, Tanner e a Princesa estavam sozinhos no apartamento dela. Tanner começou a falar:
- Princesa, um dia pediste-me que te dissesse algo que nunca antes tenha dito a outra mulher.
- Sim, querido?
Então aqui vai. Quero que cases comigo.
Houve um momento de hesitação, ela sorriu e voou para os braços dele.
- Oh, Tanner!
Ele olhou-a nos olhos.
- Isso é um sim?
Querido, eu gostava muito de me casar contigo, mas receio que tenhamos um problema.
- Que tipo de problema?
- Já te falei disso. Quero fazer alguma coisa de importante.
Quero ter poder suficiente para fazer com que as coisas aconteçam, para poder mudar as coisas. E a base de tudo isso é o dinheiro. Como podemos ter futuro juntos se tu não tens futuro?
Tanner pegou-lhe na mão.
- Isso não é problema. Eu sou dono de metade de um negócio muito importante, Princesa. Um dia vou ter dinheiro que chegue para te dar tudo o que quiseres.
Ela abanou a cabeça.
- Não, o teu irmão Andrew, ele é que te diz o que tens de fazer. Sei tudo sobre vocês os dois. Ele nunca vai permitir que a empresa cresça e eu preciso mais do que aquilo que me podes dar agora.
- Estás enganada. - E Tanner reflectiu por momentos. - Quero que conheças o meu irmão.
Os três almoçaram no dia seguinte. Paula foi encantadora, e era óbvio que Andrew gostou imediatamente dela. Nos últimos tempos, Andrew preocupara-se com o tipo de mulheres com que o irmão andava. Aquela era diferente. Tinha personalidade e era inteligente e engraçada. Andrew olhou para o irmão e o seu aceno significava "boa escolha".
- Sei que o KIG tem tido imenso sucesso, Andrew, a ajudar tantas pessoas por esse mundo fora. Tanner contou-me tudo - comentou Paula.
- Fico satisfeito por o podermos fazer. E vamos fazer muito mais.
- Quer dizer que a empresa tem intenções de se expandir?
- Não exactamente. O que quero dizer é que vamos mandar muita gente para mais países onde possamos ser úteis.
- Nessa altura, começaremos a receber propostas de contratos de... - interrompeu Tanner rapidamente.
Andrew sorriu.
- Tanner é tão impaciente! Não há qualquer pressa. Vamos fazer primeiro aquilo que devemos fazer, Tanner. Ajudar os outros.
Tanner olhou para a Princesa do outro lado. A expressão dela não se comprometia.
No dia seguinte, Tanner telefonou-lhe:
- Olá, Princesa. A que horas queres que eu te vá buscar?
Houve um momento de silêncio:
- Querido, lamento muito. Mas não posso manter o nosso encontro de hoje à noite.
Tanner foi apanhado de surpresa.
- Passa-se alguma coisa?
- Não. Um amigo meu está na cidade e eu tenho de o ver.
Um amigo? Tanner sentiu uma ponta de ciúme.
- Compreendo. Então e que tal amanhã à noite? Podíamos...
- Não. Amanhã também não posso. Que tal segunda-feira?
Ela ia passar o fim de semana com o outro fulano. Tanner desligou, preocupado e frustrado.
Na segunda-feira à noite, a Princesa desculpou-se.
- Desculpa aquilo do fim de semana, querido. É que era um velho amigo meu que veio até cá para me ver.
No espírito de Tanner surgiu a imagem do maravilhoso apartamento onde ela vivia. Não havia hipótese de ela o poder pagar com o dinheiro que ganhava.
- Quem é ele?
- Lamento, mas não te posso dizer o nome. É que... bom, ele é muito conhecido e não gosta de publicidade.
- E estás apaixonada por ele?
Ela pegou na mão de Tanner e disse suavemente:
- Tanner, eu estou apaixonada por ti. E só por ti.
- E ele, está apaixonado por ti?
- Sim, está - disse ela hesitando.
Tanner pensou: Tenho que encontrar uma maneira de lhe dar tudo aquilo que ela quer. Não me posso dar ao luxo de a perder.
Na manhã seguinte, às 8 e 45, Andrew Kingsley foi despertado pelo som do seu telefone a tocar.
- Tenho uma chamada da Suécia. Um momento, por favor.
Instantes depois ouviu-se uma voz com um toque de sotaque sueco a dizer:
- Parabéns, senhor Kingsley. O Comité do Nobel escolheu-o para receber o Prémio Nobel da Física deste ano, pelo seu inovador trabalho em nano tecnologia...
O Prémio Nobel! Assim que a conversa terminou, Andrew vestiu-se apressadamente e dirigiu-se de imediato ao seu gabinete. No minuto em que Tanner chegou, Andrew correu para o irmão para lhe dar as novidades. E Tanner abraçou-o.
- O Nobel! Mas isso é maravilhoso, Andrew! Maravilhoso! E era. Porque agora todos os problemas de Tanner estavam em vias de ser resolvidos.
Cinco minutos mais tarde, Tanner falava com a Princesa.
- Percebes o que isto significa, minha querida? Agora que o KIG tem o Prémio Nobel, podemos conseguir todos os negócios que quisermos. Estou a falar em termos de grandes contratos com o governo e com as grandes empresas. Vou poder dar-te o mundo.
- Mas isso é fabuloso, querido.
- E casas comigo?
- Tanner, eu quero casar contigo mais do que qualquer outra coisa no mundo.
Quando Tanner desligou estava eufórico. Correu para o gabinete do irmão.
- Andrew, vou-me casar.
Andrew levantou os olhos e disse calorosamente:
- Que excelentes notícias. E quando é o casamento?
- Vai ser marcado para muito em breve. E todo o pessoal da em presa vai ser convidado.
Quando Tanner chegou ao seu escritório na manhã seguinte, Andrew o aguardava. E tinha uma flor na lapela.
- Para que é isso?
Andrew sorriu.
- Estou a preparar-me para o teu casamento. Sinto-me muito feliz por ti.
- Muito obrigado, Andrew.
As notícias espalharam-se rapidamente. Como o casamento ainda não tinha sido oficialmente anunciado, ninguém fez qualquer comentário a Tanner, mas havia olhares e sorrisos.
Tanner entrou no gabinete do irmão.
- Andrew, com esta coisa do Nobel, todos virão ter connosco. E com o dinheiro do prémio...
Andrew interrompeu-o:
- Com o dinheiro do prémio vamos poder mandar mais gente para a Eritreia e para o Uganda.
- Mas vais usar este prémio para desenvolver a empresa, não vais? - perguntou Tanner bem devagar.
Andrew abanou a cabeça:
- Vamo-nos limitar a fazer aquilo que nos propusemos, Tanner.
Este olhou longamente para o irmão:
- A empresa é tua, tu é que sabes, Andrew.
Tanner telefonou-lhe assim que decidiu o que fazer.
- Princesa, vou ter que ir a Washington em trabalho. Pode ser que não tenhas notícias minhas durante dois ou três dias.
- Mas nada de louras, nem morenas, nem ruivas - respondeu ela para o arreliar.