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— Quarenta carpinteiros, ferreiros, carvalho para os costados, o senhor tem carvalho aqui? Depois preciso de ferro, aço, construirei uma forja e precisarei de um mestre... — Blackthor ne percebeu que estava falando inglês novamente. — Desculpe. Escrevo no papel. Cuidadosamente. E penso cuidadosamente. Por favor, o senhor dá homens para ajudar?

— Todos os homens, todo o dinheiro. Já. Preciso do navio. Já! Em quanto tempo você pode construí-lo?

— Seis meses a partir do dia em que aprontarmos a quilha. — Oh, não mais depressa?

— Não, sinto muito.

— Depois conversamos mais, Anjin-san. O que mais Marikosama diz?

— Pouco mais, senhor. Diz que dá dinheiro para ajudar navio, dinheiro dela. Também diz que sente muito se ... se ajuda meu inimigo a destruir navio.

— Que inimigo? Que meio de destruir navio?

— Não diz quem — ou como, senhor. Nada. claro. Só se desculpa. Mariko-sama diz sayonara. Espera seppuku sirva Senhor Toranaga.

— Ah, sim, serve enormemente, neh? — Sim.

Toranaga sorriu para ele. — Contente tudo bem agora, Anjin-san. Iiiih, Mariko-sama tinha razão. Não se preocupe com aquilo! — Toranaga apontou para o casco. — Construir navio novo imediatamente. Um navio de combate, neh? Compreende? — Compreendo muitíssimo.

— Esse navio novo... poderia lutar com o Navio Negro? — Sim.

— Ah! O Navio Negro do próximo ano? — Possível.

— E a tripulação? — Por favor?

— Marujos, atiradores?

— Ah! Até o próximo ano posso treinar meus vassalos como atiradores. Não marujos.

— Você pode ter a nata de todos os marujos de Nagasaki. — Então no próximo ano possível. — Blackthorne sorriu malicioso. — Próximo ano possível? Guerra? E a guerra? Toranaga deu de ombros. — Guerra ou não. . , tentar assim mesmo, neh? Essa é a sua presa — compreende "presa"? E nosso segredo. Entre mim e você apenas, neh? O Navio Negro.

— Padres logo quebrarão o segredo.

— Talvez. Mas desta vez nada de macaréu ou tai-f un, meu amigo. Você vigiará e eu vigiarei.

— Sim.

— Primeiro Navio Negro, depois ir para casa. Trazer-me uma marinha. Compreende?

— Oh, sim.

— Se eu perder... karma. Se não, então tudo, Anjin-san. Tudo conforme você disse. Tudo: Navio Negro, embaixador, tratado, navios! Compreende?

— Sim. Oh, sim! Obrigado.

— Agradeça a Mariko-sama. Sem ela... — Toranaga saudou-o calorosamente, pela primeira vez de igual para igual, e se afastou com seus guardas. Os vassalos de Blackthorne se cur varam, totalmente impressionados com a honra concedida ao amo.

Blackthorne observou Toranaga partir, exultante, depois viu a comida. As criadas estavam começando a recolher as sobras. — Esperem. Agora comida, por favor.

Comeu cuidadosamente, lentamente e com boas maneiras, seus próprios homens brigando pelo privilégio de servi-lo, a mente errando por todas as vastas possibilidades que Toranaga lhe abrira.

Você venceu, disse ele, querendo dançar uma honpipe de alegria. Mas não dançou. Releu a carta mais uma vez. E abençoou-a novamente.

— Sigam-me — ordenou, e tomou a dianteira na direção do acampamento, o cérebro já projetando o navio e as portinholas. Jesus Deus do paraíso, ajude Toranaga a manter Ishido longe do Kwanto e de Izu e, por favor, abençoe Mariko, esteja ela onde estiver, e faça com que os canhões não estejam enferrujados demais. Mariko tinha razão: o Erasmus estava condenado, com ou sem mim. Ela me restituiu a vida. Posso construir outra vida e outro navio. Noventa toneladas! Meu navio terá a proa em ponta, será uma plataforma de batalha flutuante, tão lustroso quanto um galgo, de tipo melhor que o do Erasmus, o gurupés sobressaindo arrogantemente e uma adorável figura de proa logo embaixo, e o rosto será exatamente parecido com o dela, com os seus adoráveis olhos oblíquos e as maçãs do rosto salientes. O meu navio será... Jesus Deus, há uma tonelada de coisas que posso aproveitar do Erasrnus. Posso usar a parte da quilha, algumas costelas — e haverá mil pregos, e o resto da quilha dará guarnições e braços e tudo de que preciso... se eu tiver tempo.

Sim. Meu navio será como ela, prometeu-se ele. Será bem adaptado, uma miniatura, perfeito como uma lâmina Yoshitomo, e isso é a melhor coisa do mundo, e igualmente perigoso. No ano que vem ele tomará uma presa com vinte vezes o seu peso, como Mariko fez em Osaka, e expulsará o inimigo da Ásia. E depois, no outro ano ou no seguinte, eu o levo para o Tâmisa, para Londres, os porões cheios de ouro e os sete mares na sua esteira. — O nome dele, será The ,Lady — disse ele alto.

CAPÍTULO 61

Duas manhãs depois, Teranaga estava examinando as cilhas da sua sela. Habilmente fez o cavalo se ajoelhar, relaxando os músculos do estômago, e apertou a correia mais dois furos. Animal degenerado, pensou ele, desprezando os cavalos pelas constantes manhas, traições e periculosidade mal-humorada. Este sou eu, Yoshi Toranaga-noh-Chikitada-noh-Minowai~a, não uma criança qualquer de cérebro confuso. Esperou um momento forçou o cavalo a se ajoelhar de novo. O cavalo grunhiu o freio, e ele apertou as corïeias completamente.

— Bom, senhor! Muito bom — disse o mestre de admiração. Era um homem velho, enrugado, tão forte quanto um barril de salmoura. — Muitos teriam ficado da primeira vez.

— Aí a sela do cavaleiro teria escorregado e o idiota teria sido atirado ao chão e suas costas talvez estivessem quebradas ao meio-dia. Neh?

Os samurais riram.

— Sim, e merecendo isso, senhor!

Em torno deles no estábulo estavam guardas e falcoeiros, segurando falcões e gaviões encapuzados. Tetsu-ko, o peregrinus, estava no lugar de honra e, ao seu lado, menor, o único sem capuz, Kogo, o milhafre, seus olhos dourados e inclementes inspecionando tudo.

Naga aproximou-se a cavalo.

— Bom dia, Pai.

— Bom dia, meu filho. Onde está seu irmão?

— O Senhor Sudara está esperando no acampamento, senhor.

— Bom — Toranaga sorriu para o jovem. Depois, porque gostava dele, puxou-o a um lado. — Ouça, meu filho, em vez de ir caçar, escreva as ordens de batalha para eu assinar quando voltar esta noite.

— Oh, Pai — disse Naga, explodindo de orgulho com a honra de formalmente aceitar o desafio lançado por Ishido, escrito pessoalmente por ele, pondo em execução a decisão, tomada na véspera pelo conselho de guerra, de ordenar aos exércitos que rumassem para os desfiladeiros. — Obrigado, obrigado.

— Depois: o Regimento de Mosquetes tem ordens de partir para Hakoné ao amanhecer de amanhã. Depois: o comboio de bagagem chegará de Yedo esta tarde. Certifique-se de que esteja tudo pronto.

— Sim, certamente. Dentro de quanto tempo iremos à luta?

— Muito em breve. Na noite passada recebi notícias de que Ishido e o herdeiro partiriam de Osaka para revistar os exércitos. Portanto agora está resolvido.

— Por favor, perdoe-me por não poder voar até Osaka como Tetsu-ko e matá-lo, e a Kiyama e a Onoshi, e resolver todo esse problema sem ter que incomodá-lo.

— Obrigado, meu filho. — Toranaga não se deu ao trabalho de revelar a ele os monstruosos problemas que teriam que ser solucionados antes que tais mortes pudessem tornar-se um fato. Correu os olhos ao seu redor. Todos os falcoeiros estavam prontos. E os guardas. Chamou o mestre de caça para perto de si. — Primeiro vou até o acampamento, depois tomaremos a estrada costeira por quatro ris para o norte.

— Mas os batedores já se encontram nas colinas... — O mestre de caça engoliu o resto da queixa e tentou se recompor. — Por favor, desculpe a minha, há, devo ter comido alguma coisa estragada, senhor.

— É o que parece. Talvez você devesse passar a sua responsabilidade a outro. Talvez esteja com o raciocínio afetado, sinto muito — disse Toranaga. Se eu não estivesse usando a caçada como um disfarce, teria substituído o mestre de caça. — Hein? — Sim, sinto muito, senhor — disse o velho samurai. — Permita-me perguntar, há, o senhor gostaria de caçar nas áreas que escolheu a noite passada ou gostaria, há, gostaria de caçar ao longo da costa?